CPI DO JUDICIÁRIO VAI APURAR IRREGULARIDADES NO TRIBUNAL DE MATO GROSSO



Está marcada para esta terça-feira (dia 28), às 17 horas, reunião administrativa da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Judiciário, na qual os senadores vão definir os nomes dos depoentes que serão convocados a falar sobre as denúncias de irregularidades praticadas por integrantes do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, feitas pelo juiz Leopoldino Marques do Amaral, assassinado no início de setembro.
Segundo informações da secretaria da CPI, os depoimentos deverão ser tomados nesta quarta-feira (dia 29), mas os senadores ainda precisam confirmar os nomes dos primeiros depoentes. O presidente da CPI, senador Ramez Tebet (PMDB-MS), disse que a comissão investigará em profundidade as denúncias feitas pelo juiz de Mato Grosso.
Ramez Tebet liderou a comitiva de senadores que foi a Cuiabá colher informações e depoimentos sobre as denúncias formuladas contra desembargadores do tribunal. Na volta da viagem, Tebet afirmou que os fatos levantados são "gravíssimos" e que a CPI poderá pedir a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico dos juízes.
Quanto ao assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral, Tebet disse que caberá à Polícia Federal apurar as responsabilidades. O senador informou que recebeu do ex-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Ernani Vieira de Souza, alguns documentos. Entre eles, constam procurações autorizando a quebra do sigilo bancário dos magistrados em bancos brasileiros e no exterior. O senador recebeu também documentos das entidades representativas do estado sobre a atuação dos juízes em Cuiabá.
- Todos os desembargadores disseram que estavam prontos para colaborar com os trabalhos da CPI, o que não podia ser diferente, já que o próprio tribunal pediu a prorrogação dos trabalhos para que pudéssemos apurar as denúncias feitas pelo juiz Leopoldino do Amaral - declarou Tebet.

27/09/1999

Agência Senado


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