CPTM completa 14 anos de serviços e anuncia construção de novas estações
Empresa investe em técnicas de manutenção, como um aparelho de infravermelho que detecta calor em determinados pontos da linha
As pessoas costumam associar o transporte ferroviário às coisas antigas, ao romantismo, principalmente por causa do papel que desempenhou no desenvolvimento das cidades de todo o mundo, no século 19. Dando seguimento a essa tradição histórica, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) comemorou 14 anos, no dia 28. Os investimentos realizados pela empresa desde 1995 na melhoria de sua malha ferroviária e outras obras em curso somam US$ 1,6 bilhão. A empresa herdou linhas que funcionam na Grande São Paulo desde 1867, porém muitas mudanças ocorreram em 14 anos. A CPTM construiu 11 estações, com arquitetura moderna e facilidades de acesso a portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida. Foram sete na Linha C (Osasco – Jurubatuba) e outras quatro no Expresso Leste (Luz– Guaianases).
Outras duas estações vitais para o sistema metro-ferroviário, Luz e Brás, foram reformadas. A frota recebeu 88 novos trens: 30 da série 2.000 para o Expresso Leste, 10 da 3.000 para a Linha C e outros 48 da série 2.100, que operam na Linha D (Luz – Rio Grande da Serra) e na C.
A tecnologia chegou também à área interna. Um exemplo é a recente aquisição de um veículo de manutenção, fabricado na Europa pelo Grupo Geismar e considerado dos mais modernos das ferrovias brasileiras.
O equipamento é utilizado na inspeção e serviços preventivos da rede aérea de energia e no socorro da frota de trens de passageiros e locomotivas. A máquina, que exigiu investimentos de R$ 4,9 milhões, permitirá rapidez no procedimento técnico e proporcionará melhor condição de trabalho às equipes de campo e de engenharia. Outro aparelho de grande utilidade é o termovisor, semelhante a uma filmadora handycam com monitor acoplado. É capaz de detectar, por meio de raios infravermelhos, os pontos de aquecimento provocados por mau contato em componentes e conexões, uma das principais causas de panes nos sistemas de alimentação elétrica das composições.
O recurso tecnológico é similar ao que foi utilizado na transmissão da última edição da corrida de São Silvestre, no final do ano passado, em São Paulo. A temperatura dos atletas e da pista era representada por diferentes cores: quanto mais vermelho, mais quente. A companhia investiu R$ 800 mil nos últimos meses na aquisição de equipamentos para aperfeiçoar a manutenção preventiva da frota, realizada nos abrigos e oficinas. Foram adquiridas 190 unidades, distribuídas em 32 itens de aparelhos, máquinas, ferramentas e instrumentos de medição. A iniciativa soma-se a mais de 20 ações desencadeadas por um programa direcionado à melhoria de desempenho da frota, chamado trem disponível e confiável.
Expresso Aeroporto
Integrante dos projetos de parcerias público-privadas (PPPs) do governo estadual, o Expresso do Aeroporto interligará o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, ao centro de São Paulo. Será um trem diferenciado, sem paradas. Faz parte do programa até um serviço de check in antes de o passageiro entrar no vagão. O traçado do expresso aproveitará parte da linha F, até as imediações de Ermelino Matarazzo. Os 31 quilômetros restantes, até Guarulhos, serão construídos. Além da viagem direta a Cumbica, a linha será usada também para o Trem de Guarulhos, que permitirá conexão ferroviária normal entre a cidade e a capital.
Outra ação incluída nas PPPs é o Expresso Bandeirante, com 93 quilômetros de trilhos entre Campinas e São Paulo, passando por Jundiaí e chegando à Estação Barra Funda. A idéia é compartilhar a mesma faixa (não as vias) de alguns pontos da Linha A (Luz – Francisco Morato) e das linhas de transporte de carga. O tempo da viagem será de 50 minutos e a velocidade máxima de 160 quilômetros/hora, sendo 110 quilômetros/hora em operação comercial. O intervalo médio entre composições será de 10 minutos, tempo que pode ser reduzido para 7 minutos. O custo estimado para a iniciativa gira em torno
06/01/2006
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