CRE APROVA EMBAIXADORES PARA ESTADOS UNIDOS E CUBA



A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), que é presidida pelo senador José Sarney (PMDB-AP), aprovou nesta terça-feira (dia 6) os nomes indicados pelo presidente da República para ocuparem o cargo de embaixador do Brasil junto aos Estados Unidos da América e junto à República de Cuba e, cumulativamente, em Antígua e Barbuda.Para comandar a embaixada brasileira nos Estados Unidos, foi aprovada a indicação do ministro Rubens Antônio Barbosa, que acaba de deixar a embaixada na Grã- Bretanha. Para a embaixada em Cuba, recebeu aprovação o assessor especial da Presidência da República, Luciano Martins de Almeida. As indicações serão submetidas ainda ao plenário do Senado.O ministro Rubens Antônio Barbosa iniciou a carreira diplomática em 1962 e exerceu diversos cargos na hierarquia do Ministério das Relações Exteriores, inclusive o cargo de ministro interino das Relações Exteriores. No exterior, serviu em Londres como secretário, cônsul-adjunto, encarregado de negócios e embaixador, cargo que ocupou também no Uruguai.Rubens Barbosa disse que os Estados Unidos são o maior parceiro comercial do Brasil e que, apesar de a economia americana estar experimentando um dinamismo inigualável em sua história, o Brasil não tem sabido aproveitar o momento para incrementar suas exportações. "O mercado americano é crucial para o aumento das exportações brasileiras", afirmou o ministro. Rubens Barbosa disse que pretende identificar melhor os nichos de mercado que interessem ao Brasil e incrementar a defesa dos interesses nacionais, notadamente na questão das restrições impostas a produtos brasileiros.O assessor especial da Presidência da República e coordenador-geral do Grupo de Análise e Pesquisa da Secretaria Geral da Presidência da República, Luciano Martins, não pertence à carreira diplomática e dedicou-se à vida acadêmica na área de relações internacionais e ciência política. Ele observou que o Brasil desfruta de grande prestígio junto ao povo cubano, que, por sua vez, espera muito do Brasil. Luciano Martins disse que a orientação do governo brasileiro para a embaixada em Cuba é não abrir mão dos preceitos democráticos e não interferir nos negócios de outro país. Ele resumiu sua provável atuação em Cuba citando as palavras do Papa João Paulo II quando visitou aquele país: "É preciso que Cuba se abra para o mundo e é preciso que o mundo se abra para Cuba".

06/04/1999

Agência Senado


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