Marisa Serrano aplaude melhora na relação entre Estados Unidos, Cuba, Venezuela e Bolívia



O final da reunião da 5ª Cúpula das Américas, domingo (19), em Trinidad e Tobago, trouxe a esperança do começo de uma nova era nas cooperações entre os países, especialmente nas relações entre Estados Unidos e a América Latina. A opinião é da senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), que disse não haver dúvida de que está se desenhando uma melhora na relação entre os Estados Unidos, Cuba, Venezuela e Bolívia.

- A intenção de melhorar as relações entre os países latino-americanos é muito bem vinda, especialmente no momento em que temos notícia de expectativas negativas para a região. Segundo dados do Banco Mundial, 6 milhões de latinos voltarão à miséria em 2009 como consequência dos efeitos da crise financeira internacional - afirmou Marisa Serrano.

A senadora opinou que, se for necessário, devem ser adotadas medidas efetivas e audaciosas para que a população não sofra tanto. Ela acrescentou que o esforço deve ser de cada nação mais afetada e também de todas aquelas que acreditam que a ajuda mútua entre países é fator decisivo para garantir bem-estar social e qualidade de vida para os que se situam na área de risco da miséria e da servidão.

Na avaliação de Marisa Serrano, esse também é o momento de fortalecer a integração entre os países da América Latina e mais ainda entre os países do Mercosul. Ela informou que vem se dedicando ao Parlamento do Mercosul, instalado há dois anos na capital uruguaia, Montevidéu. Ela acredita que o Parlasul, apesar de ainda não ter poder decisório, se constitui em passo fundamental na capilaridade e consolidação do bloco.

Apesar de haver conflito de interesses entre as nações que integram o Mercosul, Marisa Serrano detectou vários avanços alcançados pelo bloco nos últimos anos. Se por um lado o Mercosul tem discutido a questão dos rios transfronteiriços como o Rio Paraguai e a geração de energia elétrica, por outro avançou no setor aduaneiro visando facilitar o comércio entre os países.

O Paraná tem enfrentados problemas com o Paraguai, sobretudo no que diz respeito à tríplice fronteira, em Foz do Iguaçu. O Rio Grande do Sul tem interesses crescentes e diversificados com o Uruguai e a Argentina. O Mato Grosso do Sul tem questões a resolver na fronteira do estado, limítrofe com o Paraguai e a Bolívia.

- Qual é o foro adequado para que o povo possa acompanhar e discutir questões como essas? É através de uma reunião fechada de ministros ou de técnicos? Ou seria através de um Parlamento que realize audiências públicas em que universidades, especialistas e a sociedade civil organizada possam debater temas educacionais, como a equivalência curricular, temas relativos ao meio ambiente, como a questão da energia e temas de segurança, como o contrabando, por exemplo? - indagou Marisa Serrano.



20/04/2009

Agência Senado


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