CRE aprova indicações para embaixadas na Polônia e na Guatemala



Dois diplomatas indicados pelo presidente da República para chefiar missões diplomáticas brasileiras no exterior tiveram pareceres favoráveis aprovados nesta quinta-feira (8) pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE): Renan Leite Paes Barreto vai ocupar a embaixada do Brasil na Guatemala, enquanto Marcelo Andrade de Moraes Jardim, a embaixada na Polônia, caso tenham seus nomes aprovados pelo Plenário do Senado.

Em suas exposições, os indicados apresentaram um histórico da formação dos dois países. Paes Barreto apontou que a Guatemala é uma importante referência para o Brasil na América Central. Para ele, o Brasil pode aproveitar a conjuntura mundial para ampliar seu papel na região. A presença brasileira, disse, é bem-vinda, já que não é vista como uma ameaça hegemônica. O desequilíbrio na balança comercial entre os dois países (o Brasil exporta US$ 118 milhões e praticamente não importa produtos da Guatemala) é outro ponto que, na opinião do diplomata, precisa ser corrigido.

Jardim destacou que a Polônia, que aderiu à União Européia em março último, é um país com importância política e econômica crescente e o maior parceiro comercial do Brasil na Europa Central. Parte da proximidade do Brasil à Polônia, afirmou o indicado, se deve ao fato de o Brasil, especialmente os estados do Sul, abrigar cerca de 1,3 milhão de imigrantes poloneses e seus descendentes.

Ele registrou que as relações comerciais estão aquém do potencial das economias dos dois países. Entre as atividades brasileiras na Polônia, Jardim destacou vendas da Embraer para a estatal de aviação polonesa, que pode chegar a 37 aeronaves, e a Vale do Rio Doce, que tem uma base operacional e de exportação no porto de Gdansk.

Os senadores Eduardo Azeredo (PSDB-MG), Arthur Virgílio (PSDB-AM), Gilberto Mestrinho (PMDB-AM) e Edison Lobão (PFL-MA) elogiaram e cumprimentaram os diplomatas, destacando a importância dos países em que irão representar o Brasil. Mestrinho reivindicou o estímulo à criação de uma linha de navegação fixa entre o porto de Everglades, na Flórida, e Manaus para que os produtos da Zona Franca cheguem com maior facilidade à América Central e ao Caribe.



08/05/2003

Agência Senado


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