CRE condena golpe em Honduras



A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou, nesta quinta-feira (2), uma moção de repúdio ao golpe de Estado que derrubou o presidente de Honduras, Manuel Zelaya. Por meio do documento, os integrantes da comissão manifestam ainda sua convicção de que o povo hondurenho "saberá reencontrar o caminho da paz, da conciliação e da democracia".

Na justificação de seu requerimento, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) diz que o "anacrônico e absurdo" golpe de Estado ocorrido em Honduras "se constituiu em uma grave afronta a todas as democracias da América Latina", região que, como recordou, vem consolidando seus regimes democráticos. Ele pede a todos os governos latino-americanos para não reconhecer o "ilegítimo" governo surgido naquele país após o golpe.

Ao defender a aprovação do requerimento, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), relator da proposta, observou que nenhum país do mundo havia reconhecido o governo que se instalou em Honduras depois do golpe. Por sua vez, o senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC), que presidiu a reunião, lamentou que o "fantasma" dos golpes de Estado tenha voltado a assustar a região.

- Acreditávamos que já estávamos livres do vírus dos golpes - disse Mesquita.

Solução negociada

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que morou por dois anos em Honduras, ponderou que o presidente deposto estava disposto a realizar um referendo sobre a possibilidade de reeleição mesmo contra a opinião da Justiça de seu país - e utilizando para isso urnas procedentes da Venezuela. O senador defendeu a busca de uma solução negociada para devolver o poder a Zelaya, que teria de se comprometer a apenas concluir o seu mandato e não disputar a reeleição.



02/07/2009

Agência Senado


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