Senado condena golpe de Estado em Honduras
O Plenário do Senado Federal aprovou, na sessão deliberativa desta quinta-feira (2), dois votos de censura e repúdio - de autoria dos senadores Aloizio Mercadante (PT-SP) e Pedro Simon (PMDB-RS) - ao golpe de Estado que derrubou o presidente de Honduras, Manuel Zelaya. Por meio do requerimento de Mercadante, os senadores manifestam a sua convicção de que o povo hondurenho "saberá reencontrar o caminho da paz, da conciliação e da democracia".
Ao encaminhar a votação dos documentos, Arthur Virgílio (PSDB-AM), tachou de retrógrado o movimento golpista em Honduras.
- Cada país tem seu estágio, seu nível de aperfeiçoamento da democracia. O que tem que haver é algo para a frente, na direção do futuro; o golpe é algo para trás, na direção do pior passado do qual temos que nos livrar. Não podemos tolerar ações golpistas na América Latina - disse Arthur Virgílio.
Aloizio Mercante considerou inaceitável a solução do golpe militar em Honduras, afirmando que "esse não é um bom caminho".
- A solução não pode ser um golpe militar, um atentado à democracia. Por isso, temos de ser muito firmes na defesa, na Organização dos Estados Americanos [OEA], da cláusula democrática, e expressarmos de imediato a posição do Senado - disse.
Mercadante apontou os avanços alcançados pelo Brasil em seu sistema político representativo, assinalando que o presidente da República está mostrando o valor da alternância de poder ao afirmar que não quer o terceiro mandato.
- Acho que nisso também temos autoridade política - afirmou.
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Da Redação / Agência Senado
02/07/2009
Agência Senado
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