Crédito fundiário ultrapassou a meta para 2007 em SP
Valor liberado a famílias de trabalhadores rurais saltou de R$ 2,184 milhões, em 2006, para R$ 5,237 milhões
A Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) mais do que dobrou, no ano passado, o número de famílias de trabalhadores rurais atendidas pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), em relação a 2006. Enquanto no ano anterior o número foi de 56, em 2007 o crédito alcançou 133 famílias. O valor liberado mais que dobrou, passando de R$ 2,184 milhões para R$ 5,237 milhões.
O número de benefícios ultrapassou em 33% a meta prevista para 2007. A Fundação Itesp pretendia atender no ano passado 100 famílias de pequenos agricultores, com a linha de financiamento do governo federal. Além das 133 famílias atendidas, outras 102 aguardam a provação de suas propostas e a liberação do financiamento pelo Banco do Brasil.
O PNCF é uma linha de crédito que permite a compra de terra por meio de financiamento. Funciona, ainda, para investimentos em infra-estrutura básica e produtiva em áreas que não podem ser desapropriadas. O programa tem como foco combater a pobreza no campo e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores rurais.
O PNCF é uma espécie de complementação à reforma agrária tradicional e serve àqueles que estão produzindo, mas não têm a propriedade da terra, como os pequenos agricultores (meeiros, parceiros, arrendatários, assalariados rurais e agricultores com pouca terra). “Tem como objetivos democratizar o acesso à terra, criar mais empregos no campo, evitar o êxodo rural e aumentar a produção agrícola”, afirma o diretor executivo da Fundação Itesp, Gustavo Ungaro.
O crédito fundiário é coordenado pela Secretaria de Reordenamento Agrário – vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). O PNCF é desenvolvido em parceria com os governos estaduais, Conselhos de Desenvolvimento Rural Sustentável, entidades sindicais e movimentos sociais.
No Estado de São Paulo, a Fundação Itesp é a responsável pela implantação do programa, que funciona por meio da Unidade Técnica Estadual (UTE), ligada à Gerência de Arrecadação e Projetos, da Diretoria Adjunta de Recursos Fundiários. O Itesp dá apoio técnico, administrativo e operacional ao programa, que substitui o antigo Banco da Terra.
Para acesso ao crédito o pequeno agricultor precisa ter renda familiar anual de até R$ 15 mil e patrimônio que não ultrapasse R$ 30 mil. Não podem concorrer ao PNCF àqueles que ocupam cargos públicos e quem não tem experiência na agricultura. O prazo de financiamento é de 17 anos, com dois anos de carência, juros de 6,5% ao ano e limite de R$ 40 mil por família.
Do Itesp
(I.P.)
01/09/2008
Artigos Relacionados
Piauí terá aditivo de R$ 3,4 milhões para Crédito Fundiário
Produtores com crédito fundiário terão seguro para parcelas de financiamento
Oficina capacita técnicos para programa de crédito fundiário no Maranhão
Crédito Fundiário oferece taxa de juros reduzida para juventude rural
Liberados recursos para o 1º contrato do Programa Nacional de Crédito Fundiário no Vale do Paraíba
Encontro em MT debate retomada do Crédito Fundiário