Cresce em 33,2% a procura por consórcios para aquisição de bens



Os brasileiros estão comprando mais casas, carros e motos por meio de consórcios. Dados divulgados nesta terça-feira (10) pela Associação Brasileira de Administradores de Consórcios (Abac), mostram que o volume negociado cresceu 33,2% de janeiro a junho deste ano. Esse crescimento inclui todos os tipos de bens comercializados, e alcançou R$ 28,5 bilhões ante os R$ 21,4 bilhões registrados no mesmo período de 2009. 


O segmento de veículos continua sendo o mais procurado por quem busca o sistema de bens por consórcio. Essas negociações contaram com a participação de 3,2 milhões de consorciados, uma quantidade 6,6% acima do primeiro semestre do ano passado. No mesmo movimento, as cotas de veículos vendidas alcançaram uma alta de 10,8%, totalizando 858,7 mil. No período analisado pela Abac, 423,3 mil consorciados foram contemplados.


Já na área de compra de imóveis, houve expansão de 8,7% no número de participantes (562 mil) e de 12,2% nas vendas de cotas (110,2 mil). No primeiro semestre, o total de consorciados contemplados aumentou 6,4% com 33,1 mil aquisições. O valor médio dos negócios atingiu R$ 93,4 mil ante R$ 89,4 mil, uma alta de 4,4%.


O presidente da Abac, Paulo Roberto Rossi, atribuiu o aumento dos negócios “à inexistência de juros, às novas modalidades de utilização do FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço] no consórcio de imóveis e à maior presença das classes C e D”, nas contratações.


Vantagens e riscos do consórcio

O instrumento de consórcio é um sistema que reúne grupos de pessoas, físicas ou jurídicas, para adquirir bens ou serviços por meio de sorteios ou lances. Como o objetivo do consórcio é a aquisição de bens e serviço turístico, não é permitida a formação dos consórcios de dinheiro.


Na análise do economista Alcides Leite, professor da Escola de Negócios da empresa de consultoria Trevisan, existe uma certa vantagem na opção pelos consórcios, mesmo considerando a cobrança da taxa de administração.


Mas, para saber se o consumidor está fazendo ou não um bom negócio, ele deve fazer uma pesquisa no mercado, aconselha o analista. De acordo com o professor, nos financiamentos convencionais, os juros médios estão em torno de 2% para a compra de veículos, por exemplo, e, dependendo da empresa que o consorciado for negociar, o índice poderá ficar abaixo disso.


No caso dos consórcios de imóveis, ele observa que “se for sorteado logo no começo , o consorciado poderá obter o bem de forma mais rápida do que a compra com o imóvel ainda na planta”. Além disso, “se a pessoa não tiver pressa pode ser um meio de poupança”.


Fonte:
Agência Brasil
Procon
Banco Central

 

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12/08/2010 01:09


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