Criação da Universidade Federal do Sul da Bahia é aprovada em duas comissões




CCJ é uma das comissões que aprovou o projeto de criação da universidade federal

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O projeto de lei que cria a Universidade Federal do Sul da Bahia – com sede na cidade de Itabuna, um campus em Porto Seguro e outro em Teixeira de Freitas – foi aprovado nesta quarta-feira (17) por dois colegiados do Senado: a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e a Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). Falta agora a aprovação do Plenário da Casa.

Apresentado pela Presidência da República, o projeto (PLC 12/2013) já foi aprovado na Câmara dos Deputados, onde iniciou sua tramitação. A expectativa é que a universidade atenda mais de 11 mil alunos em 36 cursos. Para o senador Walter Pinheiro (PT-BA), relator da matéria na CCJ, a iniciativa representa "não apenas um instrumento de inclusão social, mas também um fator de desenvolvimento e integração dessa região do sul da Bahia".

Já a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), relatora do projeto na CE, destacou a importância da universidade para uma região "ainda carente de vagas em cursos de nível superior". Ela disse que há cerca de 66 mil alunos de ensino médio na rede pública da região, em contraste com menos de 1,5 mil vagas nas instituições públicas de ensino superior.

A senadora também avalia que, além da Bahia, a nova universidade vai beneficiar outro estado: o Espírito Santo. Ela lembrou que o município de Teixeira de Freitas, por exemplo, faz fronteira com o estado vizinho e, por isso, deve receber muitos estudantes capixabas.

A previsão do governo é que o início das atividades aconteça em 2014 e que a universidade esteja completamente implantada em 2020.

Modelo pedagógico

Lídice da Mata anunciou que o Senado deve promover uma audiência pública para discutir o modelo pedagógico que será utilizado pela Universidade Federal do Sul da Bahia. Será convidado o coordenador do processo de implantação da instituição, Naomar Almeida Filho.

Uma das inovações desse modelo é que, após passarem pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os alunos ingressam nos programas de bacharelado interdisciplinar, em que o estudante escolhe, primeiro, uma entre quatro grandes áreas de atuação (Artes; Humanidades; Saúde; Ciência e Tecnologia) e, depois de três anos, ao concluir o bacharelado interdisciplinar, pode fazer uma opção mais específica, escolhendo uma carreira profissional.

Além disso, a nova universidade dará aos moradores dos municípios do sul da Bahia com mais de 20 mil habitantes a possibilidade de ingressar em seus cursos por meio de Colégios Universitários, que serão instalados em suas próprias cidades.



17/04/2013

Agência Senado


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