Cristovam Buarque faz apelo para a preservação da Terra
Ao discursar no Dia Mundial do Meio Ambiente, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) fez um apelo para que todos envidem mais esforços na preservação da Terra.Para ele, a maior descoberta que o homem fez foi a da própria Terra, essa "entidade incrível que é o planeta que serve de morada para todos os seres vivos e as riquezas minerais".
- A Terra acordou e começou a gritar diante de tantas agressões. Surgiram o aquecimento global e as tempestades fortíssimas, inundações e secas em lugares inusitados. Na Terra cabem todos, nós que já existimos e muitos mais, mas precisamos mudar o conceito de riqueza para considerar a preservação da Natureza como item importante desta riqueza - destacou.
Cristovam lamentou que o Senado tivesse aprovado a chamada MP da regularização fundiária da Amazônia que, com as emendas introduzidas pela Câmara dos Deputados, representaria "um tapa na Terra", por possibilitar a regularização de terras públicas sem uma fiscalização adequada que poderia separar donos legítimos de grileiros e "laranjas" e ainda possibilitar a venda das glebas após apenas três anos.
O senador, que participou ontem da entrega, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de mais de um milhão de assinaturas pela preservação da Amazônia, reiterou o pedido de ambientalistas para que ele vete alguns dos artigos que permitem a destruição da região. Para Cristovam, salvar a Amazônia não é conservar tudo como está hoje, é encontrar maneira de desenvolver de maneira sustentada, sem desperdiçar as florestas, animais e recursos minerais, enfatizou.
Segundo Cristovam, comemorar o Dia da Terra deve servir para mudar a mentalidade de cada um. Se os adultos já perderam a capacidade de despertar, deve-se apostar nas crianças que podem perceber que a Terra está viva e precisa ser acariciada.
- A Terra é uma morada viva, que não pode ser tratada como uma lixeira, tampouco como um lugar para ser pilhado, pois precisamos legar, a nossos descendentes, uma morada que não esteja saqueada. Serão as próximas gerações que ouvirão o grito da Terra, descobrindo um novo modelo de desenvolvimento que não agrida o planeta - disse.
Cristovam lamentou que muitos ainda pensem que "fumaça no céu e derrubada de árvores sejam sinônimo de progresso". A lógica empresarial não consegue abrigar a noção de preservação da Terra, os empresários não conseguem desenvolver seu negócio, sem destruir a Natureza, advertiu.
Assim, cabe aos políticos elaborar leis que definam os limites aceitáveis de agressão a Terra, traçando regras de desenvolvimento sustentado que impeçam a destruição do futuro do planeta. Somente através da educação, concluiu o senador, "será possível acordar cada um para os gritos de socorro que a Terra vem lançando na direção dos homens, mulheres e crianças".
05/06/2009
Agência Senado
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