Cristovam Buarque quer que recursos dos 'royalties' seja usado em educação e inovação




O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) informou ter apresentado nesta quinta-feira (22), em conjunto com o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), proposta de criação de um fundo social a ser formado com recursos da exploração do petróleo da camada pré-sal. Os recursos, segundo o senador, deveriam ser usados apenas em "áreas transformadoras".

- Há algo mais importante para nós hoje do que a saúde? Não há. Mas a saúde nos mantém vivos e não transforma o país. É preciso ter dinheiro para a saúde, mas não do petróleo. O dinheiro da saúde tem que sair do orçamento - explicou.

As áreas transformadoras, segundo Cristovam, são educação básica e ciência e tecnologia. Para ele, ao investir nessas áreas, o Brasil tornará perenes os recursos provenientes do petróleo, que se esgotarão.

Cristovam Buarque explicou que a proposta já havia sido apresentada, junto com o então senador Tasso Jereissati, na legislatura passada, mas foi rejeitada sem que houvesse discussão. Desta vez, segundo o senador, os autores estão conversando com outros parlamentares para tentar promover o debate.

- Estamos conversando, enviando uma carta a cada senador explicando os detalhes e eu espero que a gente possa pelo menos debater - afirmou.

O senador esclareceu que o projeto não implicará quebra de contrato porque só envolve áreas ainda não contratadas. Segundo Cristovam, também não haverá perda de arrecadação para os entes federados.

Os recursos, estimados pelo senador em R$ 40 bilhões em 2020, seriam divididos em três partes, duas para a educação básica e uma para a inovação tecnológica. A distribuição seria proporcional ao número de alunos na escola, ao desempenho dos alunos, e à evolução desse desempenho.

ONU

Cristovam elogiou o discurso da presidente Dilma Rousseff na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Para ele, o mais importante não foi o fato de uma mulher ter aberto pela primeira vez o evento, mas sim o conteúdo da fala da presidente, que defendeu a criação de um Estado palestino e disse que os países não resolverão a crise se continuarem tomando as atitudes atuais.

- Ela disse que nós, os que dirigimos as coisas, porque somos políticos, estamos perdidos. E isso faz aumentar minha admiração pela presidente Dilma - declarou.



22/09/2011

Agência Senado


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