Cristovam lembra os 57 anos da morte de Getúlio Vargas
Em pronunciamento nesta quarta-feira (24), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) lembrou o suicídio do presidente Getúlio Vargas, ocorrido há 57 anos. Ele disse que o acontecimento histórico, que chocou o país inteiro, também foi um marco em sua vida.
Em seus 15 anos de governo, disse o senador, Getúlio Vargas fez uma inflexão na história do Brasil, embora tenha exercido o poder de forma autoritária e cometido "alguns gestos que nenhum de nós gostaria que tivesse acontecido".
Apesar disso, afirmou, até aquele momento o Brasil tinha 450 anos de história no mesmo rumo: um país basicamente rural, que explorava suas riquezas agrícolas e importava todas as riquezas industriais do exterior, em que a imensa maioria da população vivia no campo e mantinha todas as características do atraso.
Cristovam Buarque ressaltou que Getúlio Vargas assumiu o poder após a crise econômica de 1929, a qual, do ponto de vista puramente econômico, talvez tenha sido mais profunda do que a crise que o mundo atravessa desde 2008.
- O que Getúlio fez foi dizer: este país, para sair da crise, precisa deixar de ser agrícola e rural e ser um país industrial e urbano. O que ele fez foi mostrar que, quando uma crise acontece, a melhor maneira de sair dela é mudar, e não apenas consertar; é não fazer pacotes, mas fazer uma inversão, uma reversão, uma inflexão ou, como ficou sendo chamada, a Revolução de 30 - afirmou.
Investimento industrial
Getúlio Vargas, segundo o senador Cristovam, deixou claro que era preciso mudar a perspectiva do Brasil e passar a investir em indústria e a dar apoio à transição do investimento agrícola para o industrial. Outro marco de seu governo foi a reunião de proteções trabalhistas na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Finalmente, em 3 de agosto, 21 dias antes de ser levado ao suicídio, criou a Petrobras.
- Foram essas coisas que marcaram o governo Getúlio Vargas.
Hoje, meio século depois, nós estamos em outra crise. E essa crise vai exigir ousadia, criatividade e firmeza, como teve Getúlio Vargas - afirmou.
Com a entrega da própria vida, disse o senador, Getulio Vargas fez a última grande inflexão da história do Brasil, seguido depois por Juscelino e por outros. O senador ressaltou, porém, que o Brasil precisa hoje de uma industrialização baseada no conhecimento, o que exige "o maior dos nossos recursos", que se gera na escola.
24/08/2011
Agência Senado
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