Cristovam não vê unidade para Senado sair da crise
Ao celebrar o 15º aniversário da implantação do Plano Real, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse nesta terça-feira (30) que o Senado precisa aprender uma lição com a façanha da equipe comandada pelo então ministro da Fazenda, Pedro Malan: unir todos em torno de um objetivo.
- Por que não conseguimos fazer o mesmo em relação ao Senado neste momento? Por que não conseguimos aqui uma unidade para tirar o Senado da crise que atravessa? Por que fomos capazes de fazer o impossível de construir uma moeda estável através de governos de partidos tão diferentes e não conseguimos fazer aqui aquilo que é necessário para retirar o Senado dessa situação? - indagou.
Cristovam reafirmou que é preciso apurar tudo com transparência e credibilidade. Para que isso aconteça, o senador disse que é preciso o licenciamento por um tempo determinado do presidente do Senado, José Sarney. Ele ressaltou que é uma das pessoas que respeitam o passado de Sarney e não se alinha com as pessoas que tiram proveito do presente de Sarney.
- Quero continuar respeitando o passado e para isso seria correto que a apuração que ele mesmo determinou tenha credibilidade suficiente para que ele possa dizer que não tem nada com isso - afirmou.
Cristovam disse que ainda será necessário apurar tudo o que aconteceu envolvendo servidores e senadores para que a população saiba. Ele também defendeu a punição de senadores e servidores envolvidos em irregularidades; a reestruturação do Senado, que não está preparado para a nova realidade da comunicação instantânea; e o fim de todos os privilégios.
O senador também comemorou os 15 anos do Plano Real lembrando que, desde o primeiro momento, reconheceu a possibilidade de por ordem no caos monetário em que o Brasil vivia. Ele assinalou que chegou a sugerir que os autores do Plano Real fossem indicados ao Prêmio Nobel de Economia. Cristovam disse que era então militante do Partido dos Trabalhadores (PT) e foi obrigado a enfrentar com dificuldade a conquista da estabilidade econômica, o que lhe parecia uma obviedade técnica.
- O PT foi contra. Eu lembro quando disse, em 1998, que se Lula fosse eleito naquele momento, deveria manter o Malan por cem dias. Houve pessoas que chegaram a sugerir a minha expulsão do PT no meio de uma campanha para governador, como eu estava atravessando. Hoje, ninguém duvida que isso aconteceu. Então, nós conseguimos fazer alguma coisa de unidade neste país. Nós precisamos aprender com isso - concluiu.
30/06/2009
Agência Senado
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