Tasso Jeressaiti apresenta sugestões para Senado sair da crise
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) apresentou em Plenário nesta quarta-feira (17) sugestões feitas por um grupo suprapartidário de parlamentares para que o Senado saia da crise. Em primeiro lugar, propôs que, em uma semana ou no menor prazo possível, seja eleito um novo diretor-geral da Casa.
De acordo com as sugestões - para Jereissati, "extremamente necessárias" para que o Senado Federal possa "abrir caminho nessa crise" -, o nome do novo diretor-geral deverá ser apresentado pela Mesa Diretora e sabatinado em Plenário pelos senadores, que deverão posteriormente aprová-lo em votação. Os senadores deverão apresentar metas a serem cumpridas pelo novo diretor-geral. Jereissati citou, como exemplo dessas metas, a redução de pessoal, a suspensão imediata de contratação de novos funcionários e a eliminação de qualquer vantagem que não seja considerada essencial para o cumprimento da atividade parlamentar.
O grupo também propôs a realização de reuniões ordinárias mensais entre os senadores, para estabelecer a pauta de votações para o mês seguinte e também para aprovar medidas consideradas "não corriqueiras". A primeira, segundo ele, acabaria com a reclamação de senadores de que projetos não previstos são votados sem o devido estudo por parte dos parlamentares. Já como exemplo de medidas não corriqueiras que deveriam ser aprovadas em Plenário, citou a polêmica construção do túnel que ligaria o Congresso Nacional ao Palácio do Planalto.
Completam o rol das sugestões a de contratar uma auditoria externa para examinar todos os contratos realizados pelo Senado Federal; e a de que a investigação dos casos dos atos secretos e sobre a conduta do funcionário João Carlos Zoghbi seja feita por entidade externa, que para ele tanto pode ser a Polícia Federal quanto uma auditoria.
Participaram do grupo que apresentou as sugestões, além do próprio Tasso,os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF), Sérgio Guerra (PSDB-PE), Pedro Simon (PMDB-RS), Tião Viana (PT-AC), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Renato Casagrande (PSB-ES).
Em resposta, o presidente José Sarney afirmou que a Mesa recebia como valiosa a contribuição, que será debatida em reunião de seus integrantes na próxima terça-feira (23).
17/06/2009
Agência Senado
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