Cristovam propõe nova organização internacional para a educação



O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) comunicou ao Plenário que os membros da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) entregam ao presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, na próxima semana, uma proposta para a educação brasileira resultante de várias audiências públicas realizadas pelo colegiado. O presidente da CE também assinalou a sugestão para a criação de uma entidade mundial para a educação, proposta formulada no 2º Seminário Internacional sobre Pobreza e Educação, realizado esta semana e que contou com a participação de representantes da Índia, África do Sul e do Reino Unido, além do Brasil.

- Creio ser um documento histórico (a proposta da CE para a educação brasileira) - sentenciou o senador, que quer disponibilizá-lo no site do Senado Federal.

Sobre o organismo internacional para a educação, Cristovam afirmou que "o mundo precisa despertar para o fato de que o mundo precisa ser educado". Avaliou que os diversos organismos surgidos ao final da 2ª Guerra Mundial para o desenvolvimento econômico foram importantes, mas erraram ao considerar que apenas esse desenvolvimento resolveria os problemas sociais e a pobreza.

O parlamentar enfatizou ainda que apenas a educação poderá superar as três necessidades humanas fundamentais: o progresso, a preservação do meio ambiente e a liberdade. Enfatizou que só a educação liberta o ser humano, assim como somente pela educação se poderá reduzir o consumo a níveis aceitáveis para a preservação do meio ambiente.

Para Cristovam, a educação não deve ser tratada mais como assunto de um ou outro país, mas tem de ser vista como um tema mundial. Segundo afirmou, o organismo que hoje cuida da educação em nível internacional, a Organização das Nações Unidas para a Ciência, Cultura e Educação (Unesco), não dispõe dos recursos necessários para implementar essa missão. Assim, propôs a criação de um imposto sobre o petróleo ou sobre as transações financeiras para financiar essa nova organização mundial, que terá como incumbência realizar a revolução educacional que muitos países não têm condições de empreender sozinhos.

Para reforçar sua proposta, Cristovam citou o exemplo do Catar, país do Oriente Médio onde participou de seminário recentemente, que usa o dinheiro de sua maior riqueza, a exploração petrolífera, para desenvolver a educação.

_ Eles estão transformando um recurso que se esgotará em um recurso inesgotável - comentou.



24/04/2008

Agência Senado


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