Cristovam propõe criação de ministério para tratar da educação de base
Em discurso no Plenário nesta terça-feira (20), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que a presidente Dilma Rousseff deveria aproveitar a anunciada reforma ministerial para criar um ministério específico para a educação de base.
- Se esse ministério existisse há mais de 50 anos, a educação do Brasil seria diferente hoje. A reforma da estrutura é mais importante do que a reforma dos nomes - declarou.
A educação superior, na opinião de Cristovam, deveria ficar a cargo do Ministério da Ciência e Tecnologia ou, ainda, ter um ministério próprio. Parta isso, no entanto, o9bservou o senador, seria necessário reduzir o número atual de ministérios.
Na visão de Cristovam, com um ministério só para a educação de base e outro só para a superior, a educação do Brasil se desenvolveria muito. As vantagens de um novo ministério, segundo Cristovam, é que o titular da pasta de Educação terá que cuidar somente da educação de base. Assim, disse o senador, ou o ministro realmente faz o que é necessário ou não terá nada para mostrar, já que não contará mais com a "boia do ensino superior" para se agarrar.
- Não tem como o ensino superior ser bom com um ensino básico ruim. O Brasil já está percebendo essas deficiências - alertou o senador.
Cristovam disse que nos últimos 20 anos o número de vagas nas universidades do país cresceu 507%, mas o número de estudantes que concluíram o ensino médio cresceu apenas 170% no mesmo período. Na avaliação do senador, essa diferença é "uma anomalia" que mostra a desvalorização do ensino básico no Brasil.
Cristovam também comentou notícias veiculadas na imprensa segundo as quais o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, deve ser o próximo ministro da Educação, já que Fernando Haddad deve deixar o cargo para ser candidato à Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2012. O senador disse que Mercadante vinha fazendo um bom trabalho no Ministério da Ciência e Tecnologia e que a presidente Dilma terá dificuldade para encontrar um substituto. Outro problema, disse, é que no Ministério da Educação Mercadante terá muita dificuldade para fazer qualquer coisa se a pasta continuar a cuidar da educação superior e da educação de base ao mesmo tempo.
- O ministro Mercadante é um excelente nome, mas ele pode se perder se tiver que cuidar do ensino de base, do nível médio e da educação superior - alertou.
20/12/2011
Agência Senado
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