Cristovam propõe roteiro para agenda na área da educação
Diante da disposição do presidente do Senado, Renan Calheiros, de elaborar uma agenda em prol do desenvolvimento do país, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) apresentou em Plenário, nesta segunda-feira (26), um roteiro de sugestões capazes de promover, na sua opinião, uma revolução pacífica na educação brasileira.
- Fazer isso custaria mais R$ 7 bilhões por ano, além dos R$ 55 bilhões já gastos hoje na educação. Isso é muito pouco para dar um salto de qualidade e muito menos do que custaria não fazer - afirmou.
Tal processo deveria ser desencadeado, no seu ponto de vista, com a criação do Ministério da Educação de Base, transferindo-se os assuntos ligados ao ensino superior para o Ministério da Ciência e Tecnologia, e a criação de uma agência reguladora de proteção à criança. O passo seguinte seria promover a implantação gradual do horário integral nas 164 mil escolas públicas do país, sem esquecer da implementação de um programa de valorização, formação e motivação do professor.
Cristovam também considera fundamental definir um padrão nacional para infra-estrutura escolar, equipamentos e conteúdo pedagógico. Acredita ainda que a preservação do ambiente escolar depende da abertura das unidades de ensino à comunidade. Outras medidas defendidas passariam pela universalização da freqüência escolar até a conclusão do ensino médio; redução da idade de ingresso da criança na escola; ampliação do número de escolas técnicas no país; substituição do vestibular por um sistema de avaliação anual dos alunos nas três séries do ensino médio.
Em aparte, o senador Mão Santa (PMDB-PI) citou com exemplo a ser seguido os 12 anos de estudo obrigatório e o ensino de dois idiomas estrangeiros exigidos no Chile. Já o senador César Borges (PFL-BA) disse que o roteiro sugerido por Cristovam é para ser adotado por alguém com compromisso real com a educação.26/02/2007
Agência Senado
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