Cristovam quer trabalhador lutando por educação de qualidade



O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) pediu aos trabalhadores brasileiros, em discurso nesta segunda-feira (1º), que lutem por uma educação de qualidade para seus filhos.

- Não espere pelo presidente ou pelo ministro, lute pela escola de seu filho - clamou, da tribuna.

Cristovam afirmou que a única revolução possível, nos dias atuais, está na educação. Ele disse que a luta tem de ser por uma educação de igual qualidade em todas as escolas.

- Não há país que resista a ter uma escola de rico e outra escola de pobre - disse.

O parlamentar lamentou que o programa Bolsa-Família, do governo federal, tenha substituído o Bolsa-Escola, idealizado em seu governo no Distrito Federal. Ao retirar a palavra "escola", afirmou, o governo desvinculou o programa da educação.

- Essa é uma tragédia que vai levar anos ou décadas para a gente recuperar - afirmou Cristovam, que também criticou que a freqüência do aluno à escola seja responsável por apenas uma pequena parte da bolsa paga a sua família.

O senador afirmou que, em seu programa no rádio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a criação de dez universidades federais até o final de seu governo. Cristovam saudou a intenção de se criar novos centros de educação superior, mas disse que isso não vai resolver o problema uma vez que, segundo ele, há mais vagas nas universidades do que alunos egressos do ensino médio:

- A gente vai ter de trazer alunos do Paraguai, da Bolívia, da Venezuela - afirmou, lembrando que "universidade dá mais voto que educação de base".

Em aparte, o senador Cícero Lucena (PSDB-PA) afirmou que o programa de Cristovam no governo do DF valorizou as crianças, que deixaram de ser maltratadas por pais, muita das vezes, alcoólatras. Já o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) lembrou o projeto de Cristovam que determina a criação de um fundo para pagar uma poupança aos alunos que concluíssem o ensino médio.

Cristovam lamentou a morte de um idoso atropelado na calçada, em Brasília, e lembrou que o programa de educação para o trânsito lançado em seu governo reduziu o número de mortos nas ruas e estradas do Distrito Federal de 77 para 22 por mês. Destacou também que, graças à educação e à repressão, o povo passou a respeitar limites de velocidade e a faixa de pedestres.



01/10/2007

Agência Senado


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