Crivella considera inoportuna entrevista de Abdenur a Veja
A entrevista concedida à edição desta semana da revista Veja pelo diplomata Roberto Abdenur, ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos, que se aposentou na semana passada, foi considerada pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) como "no mínimo inoportuna e, na pior das hipóteses, impertinente, ingrata e prejudicial aos interesses nacionais". Para o parlamentar, "talvez o momento mais difícil de qualquer carreira seja o de não saber o momento de parar ou de como sair de cena".
Entre outras coisas, Abdenur disse à revista Veja que a atual política do Itamaraty é submetida à doutrinação ideológica e ao partidarismo e que as promoções internas têm como critério a afinidade de pensamento e não a competência. O ex-embaixador em Washington também criticou os acordos de cooperação que privilegiam países menos desenvolvidos.
- É estranho que um alto funcionário do Itamaraty tenha esperado se aposentar para atacar a política de sua casa. É estranho quando se verifica que as acusações são genéricas, subjetivas e que, talvez, sejam fruto de alguma divergência pessoal - afirmou Marcelo Crivella.
Em aparte, o senador Edison Lobão (PFL-MA) também lamentou as declarações de Abdenur e solidarizou-se com o Itamaraty. Ele confessou que o incomoda tudo o que represente desgaste, menosprezo e menoscabo ao Itamaraty. Lembrando a atuação do Barão do Rio Branco, o senador Mão Santa (PMDB-PI) destacou que o Itamaraty sempre teve um papel importante na história do país.
06/02/2007
Agência Senado
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