Crivella defende 2,1% do PIB para as Forças Armadas



O senador Marcelo Crivella (PL-RJ) conclamou os demais parlamentares, nesta terça-feira (1º), a defenderem um orçamento anual estável equivalente a, no mínimo, 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB) para as Forças Armadas. Segundo ele, no contexto da crise econômica e do aumento do tráfico de drogas no país, é uma visão distorcida considerar as Forças Armadas como unidade de despesas. O consumo delas, afirmou, gera investimentos e empregos no setor privado e no setor da ciência e tecnologia, além de promover um sentimento de unidade nacional, pela prestação de serviços nas áreas mais remotas do país.

- Precisamos dotar nossas Forças Armadas de recursos suficientes para que cumpram sua função precípua de defesa nacional no contexto internacional contemporâneo, onde é preciso a vigilância de fronteiras não contra as forças regulares de um país expansionista em uma guerra de conquista, mas contra o crime organizado, operado por traficantes guerrilheiros - propôs ele.

O episódio ocorrido segunda-feira (31) na Casa de Custódia de Benfica (RJ), quando, após 62 horas de rebelião apareceram dezenas de corpos sem cabeça, com membros mutilados, muito deles queimados, foi citado pelo senador como uma das facetas da maior crise social da história republicana que se arrasta desde os últimos anos da década passada.

No entanto, protestou Crivella, a obediência a critérios ditados pela comunidade financeira internacional leva as autoridades econômicas a manterem bilhões de dólares esterilizados nos cofres do Banco Central a título de superávit primário. Depois de destacar que, neste momento, mais da metade dos aviões da Força Aérea não voam, mais da metade dos navios da Marinha não navegam e mais da metade das viaturas do Exército não trafegam por falta de recursos, ele defendeu uma solução global para o país.

- Assim, discutir a crise na segurança pública é discutir a crise nas Forças Armadas e isso é discutir a crise no desenvolvimento brasileiro. Não pode haver defesa forte de um país economicamente fraco - assegurou Crivella.



01/06/2004

Agência Senado


Artigos Relacionados


Crivella pede mais recursos para Forças Armadas

Lobão defende mais recursos para Forças Armadas

Jucá defende mais recursos para as Forças Armadas

ACM defende uso das Forças Armadas no combate ao crime

ACM DEFENDE FORÇAS ARMADAS NA REPRESSÃO Á CRIMINALIDADE

Osvaldo Sobrinho defende o reaparelhamento das Forças Armadas