Cuba faz projeções de ajustes econômicos com apoio do governo brasileiro
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, se reuniu nesta segunda-feira (16) com o vice-presidente do Conselho de Ministros de Cuba, Marino Murillo Jorge, encarregado pelo presidente cubano, Raúl Castro, de conduzir os ajustes na economia do país. O encontro destacou as projeções de longo prazo, indicando a modernização da economia cubana e o futuro do país.
Detalhista e minucioso, Jorge informou os planos do governo em relação a vários setores da economia de Cuba. Há cerca de dois anos, o governo cubano toma decisões de abertura da economia para evitar o agravamento da crise interna causada pelo embargo econômico imposto pelos norte-americanos desde 1962.
O chanceler brasileiro desembarcou no domingo (15) em Havana a duas semanas da chegada da presidenta Dilma Rousseff ao país caribenho. Dilma visitará o país no próximo dia 31. Uma das disposições do governo brasileiro é apoiar as medidas de abertura econômica implementadas pelo presidente cubano e incrementar as parcerias em várias áreas. De Cuba, Dilma seguirá para o Haiti, no dia 1º de fevereiro.
Patriota fica em Cuba até está terça-feira (17) quando pretende se reunir também com o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez. A ideia é aumentar a cooperação técnica e científica nos setores de saúde, agricultura e a integração regional. Será examinado ainda o acordo para as obras do Porto de Mariel, a 50 quilômetros de Havana, que é um símbolo para os cubanos.
O Porto de Mariel é lembrando pelos cubanos como o local de onde partiram vários grupos de imigrantes do país rumo aos Estados Unidos, nos anos de 1980. Há dois anos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve no local para visitar as obras, que contam com suporte financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com as obras nesse porto, os especialistas cubanos estimam que será possível receber um maior número de embarcações de grandes dimensões.
No período de 2006 a 2010, as relações comerciais entre Brasil e Cuba registraram crescimento de 30%, segundo o Itamaraty. O salto passou de US$ 376 milhões, em 2006, para US$ 488 milhões, em 2010. A mesma tendência se repetiu no ano passado, registrando um total de US$ 570 milhões – no período de janeiro a novembro de 2011.
Fonte:
Agência Brasil
16/01/2012 18:07
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