'Cumprirei o que me for reservado'



'Cumprirei o que me for reservado' Declaração do senador Pedro Simon diante das possibilidades de concorrer ao Planalto ou ao Piratini Mais do que um ato de solidariedade, o encontro estadual 'Fala PMDB', realizado ontem, em Porto Alegre, transformou-se em comício com direito a apelos para que Pedro Simon concorra ao governo do Estado. 'Cumprirei o que me for reservado', declarou o senador em seu pronunciamento. Também foi ensaiada a aproximação do partido com o PDT e houve desabafo diante das dissidências ocorridas nos últimos dias. O evento, que começou no auditório da Assembléia Legislativa às 9h30min e se encerrou às 13h, foi transferido para a Praça da Matriz, onde estava instalado o caminhão de som do grupo Tchê Barbaridade, de Portão, previamente contratado na hipótese de superlotação, que acabou se confirmando. Depois de ouvir manifestações que conclamavam a sua candidatura ao governo do Estado, Simon disse que o destino haverá de decidir se ele irá para Brasília ou governará o Rio Grande do Sul. Lembrou que assumiu compromisso com o partido em disputar a prévia do dia 20 de janeiro de 2002 com o governador de Minas Gerais, Itamar Franco, mas que, independentemente do resultado, estará à disposição do comando estadual para o que for melhor. Garantiu que, se não concorrer ao governo, o PMDB terá candidato próprio porque possui lideranças com potencial para o desafio. Simon caracterizou o evento como o 'Dia do Fico', mas preferiu não fazer ataques diretos ao grupo que deixou o partido nos últimos dias. 'Estamos com a alma lavada e só lamentamos que quem saiu não entendeu o atual momento', comentou. Declarou que aqueles que pensaram estar terminando com o PMDB se enganaram, pois o partido demonstra força e vitalidade. Ao citar Alberto Pasqualini e suas idéias, Simon disse que o PMDB seguirá com o pensamento do trabalhismo humanista e estará longe dos neoliberais e dos neomarxistas, conclamando para que cada um cumpra o seu papel para conquistar o governo do Estado. Emociona homenagem a Forster A homenagem a André Forster, ex-presidente estadual do PMDB já falecido, foi o momento mais emocionante do encontro 'Fala PMDB', realizado ontem. O atual presidente, deputado federal Cezar Schirmer, destacou a vida política de Forster, caracterizando-o como homem de coragem e conduta exemplar. Lembrou a forma como ele conduziu o diretório estadual e a sua fidelidade ao partido. A esposa Iara Leite leu uma carta que escreveu ao marido como forma de manifestar o sentimento da família diante dos últimos acontecimentos. Disse que decidiu participar do encontro acompanhada dos filhos e da neta porque tinha certeza de que, se Forster estivesse vivo, também presenciaria a mobilização do PMDB em solidariedade ao senador Pedro Simon. Mais do que isso, garantiu, Forster comandaria o encontro com o mesmo empenho dos atuais dirigentes. Iara não conteve as lágrimas ao agradecer o carinho expresso pela militância presente à Praça da Matriz. O ex-deputado estadual Brusa Neto, mais antigo membro do diretório estadual do PMDB, também fez questão de declarar o seu apoio à iniciativa. Mesmo não podendo comparecer ao ato, Brusa encaminhou mensagem por telefone destacando que o partido estava vivendo um momento histórico ao reunir um número expressivo de militantes em frente à Praça da Matriz. Para ele, essa foi a maior demonstração de força e unidade que a militância poderia ter dado. 'Não há partido sem povo', mencionou o ex-deputado. Encontro sinaliza aproximação com o PDT A aproximação entre o PMDB e o PDT ganhou força durante o encontro estadual 'Fala PMDB', realizado ontem. A presença do deputado federal trabalhista Pompeo de Mattos motivou uma série de discursos lembrando as semelhanças históricas dos dois partidos. O senador Pedro Simon chegou a mencionar que o amor que ele e Leonel Brizola sentem pelo Rio Grande do Sul é maior do que eventuais diferenças existentes entre os dois. Pompeo destacou que, se depender da sua vontade, a aliança com o PMDB será firmada, 'pois aqueles que dificultavam o entendimento já estão fora do partido', referindo-se aos nove dissidentes que ingressaram no PPS. Disse que Simon representa a ética e a história do PMDB e os dois partidos são córregos do mesmo rio, podendo juntar-se logo adiante. Num gesto de agradecimento pela presença de Pompeo, o presidente regional do PMDB, deputado federal Cezar Schirmer, pediu para que ele levasse um abraço a Brizola e à direção estadual do PDT. Ressaltou que apenas suspendeu as conversas com os trabalhistas para não constranger o grupo que acabou saindo. Schirmer não vê impedimentos para que as negociações com o PDT sejam retomadas. O ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, prevê a volta de uma jornada comum de conversas entre o PMDB e o PDT que poderá resultar no entendimento dos dois partidos visando às eleições. Segundo ele, a disposição para um futuro acerto já foi demonstrada. Ação tenta evitar bloqueio de bens e risco de prisão Sábato Rosseti, advogado do ex-senador Jader Barbalho, ingressa hoje no Tribunal de Justiça do Pará com medida cautelar. A ação tenta evitar que os bens de Jader sejam declarados indisponíveis ou que ele tenha a prisão preventiva decretada pelo suposto desvio de dinheiro do Banco do Estado do Pará (Banpará). Segundo o advogado, o crime está prescrito e por isso pedirá o arquivamento de ação popular movida há oito anos para que Jader devolvesse o valor aos cofres públicos. Banqueiro e secretário ingressam no PSDB O presidente mundial do BankBoston, Henrique Meirelles, e o secretário especial de Desenvolvimento Urbano, Ovídio de Ângelis, filiaram-se ao PSDB de Goiás. Meirelles é novato na política e Ovídio deixou o PMDB há pouco mais de um mês. O banqueiro tem dito aos dirigentes do PFL, que esperavam tê-lo como vice na chapa da governadora Roseana Sarney à Presidência, que cumpriu a missão na vida privada e agora quer ajudar o Brasil. É cotado ao governo do estado ou ao Senado. Brum Torres confia que há renascimento O ex-secretário de Coordenação e Planejamento do Estado João Carlos Brum Torres classificou o encontro estadual do PMDB, realizado ontem em frente à Praça da Matriz, como o 'Dia do Renascimento'. Segundo ele, o partido finalmente reassume a sua condição de centro-esquerda, de onde nunca deveria ter se desviado. Brum Torres também fez críticas ao governo do PT, enfatizando que o Estado está entregue à pior administração de sua história. O deputado estadual João Osório aproveitou o espaço para dizer que nunca fez parte de grupos e, mesmo tendo coordenado a campanha do deputado Paulo Odone ao diretório estadual, jamais pensou em deixar o PMDB. 'Não posso virar as costas para um partido que me elegeu cinco vezes', mencionou. Se isso tivesse ocorrido, disse João Osório, sua consciência ética determinaria a devolução do mandato ao PMDB. O deputado comentou que as notícias da possível desfiliação foram plantadas por quem tinha a intenção de pressioná-lo, mas garantiu que a estratégia não funcionou. Jader visado no inquérito sobre fraudes na Sudam Mesmo com a renúncia ao mandato de senador, Jader Barbalho, do PMDB, continuará esta semana visado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal. Ele deverá ser indiciado no inquérito que apura fraudes na extinta Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). O delegado que preside o caso, Hélbio Dias Leite, enviou dezenas de documentos ao Supremo Tribunal Federal para justificar pedido de quebra de sigilo de Jader entre 1998 e 2001. Klein denuncia os atos dos dissidentes O ex-presidente regional do PMDB Odacir Klein disse ontem que a participação maciça da base partidária no encontro estadual 'Fala PMDB' foi a recompensa que recebeu por ter passado três anos e meio engolindo sapos no comando partidário. Ele se referiu ao grupo de nove lideranças que deixou o partido para ingressar no PPS semana passada. Denunciou que a traição ao senador Pedro Simon já estava sendo armada pelo grupo desde dezembro do ano passado. Segundo Klein, a intenção dos dissidentes era forçar uma aproximação com o PPS para garantir apoio do PMDB gaúcho à candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. 'Como isso não ocorreu, eles saíram', declarou. Ministro se filia ao PMDB cogitado à Presidência O ministro do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann, filiou-se ao PMDB através de um procurador. A cúpula governista do partido cogita lançá-lo candidato à Presidência da República na prévia que ocorrerá em 20 de janeiro. Seria uma alternativa aos nomes do governador de Minas Gerais, Itamar Franco, e do senador Pedro Simon. O líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima, comemorou a entrada do ministro. Jungmann deixou o PPS, que abriga o candidato Ciro Gomes. PT de Porto Alegre reelege Bohn Gass Valdir Bohn Gass foi reeleito em 2º turno para a presidência do diretório do PT de Porto Alegre, com 1.259 votos, contra Adroaldo Corrêa, que obteve 1.171. Bohn Gass pertence à Democracia Socialista, apoiado pelas correntes Ação Democrática e Esquerda Democrática. Entre as prioridades da gestão, ele cita a reorganização das secretarias dos movimentos populares e sindicais. Bohn Gass apóia a reeleição do governador Olívio Dutra, mas reconhece que ocorrerá amplo debate no partido sobre a questão. Nas demais cidades onde houve 2º turno, os resultados foram os seguintes: Bagé, Marcos Pérez; Cachoeira do Sul, Carlos Alberto Siqueira; Cachoeirinha, Jorge Vidal; Canoas, Paulo Ribeiro; Cruz Alta, Antonio Begnini dos Santos; Guaíba, Acilon Barbosa; Lajeado, Marcos Dalcin; Montenegro, Armando Rangel; Pelotas, Paulo Ribeiro; Rolante, José Flech; São Luis Gonzaga, Paulo Liscano; Sapiranga, João Daniel Caraffini; e Viamão, Alex Buscaine. A eleição em Alvorada foi transferida para o próximo domingo. Suplente assumirá a vaga como alvo de investigação A situação do 2º suplente de Jader Barbalho, Fernando Castro Ribeiro, poderá se complicar quando assumir a vaga de senador do ex-chefe, provavelmente até sexta-feira. Ele é acusado de ter recebido cerca de R$ 900 mil do montante desviado do Banpará na época em que desempenhava a função de secretário particular de Jader. Ribeiro deverá ser investigado não apenas pelo Senado, mas pela Polícia Federal. Artigos BRAÇO FORTE, MÃO AMIGA Emerson Rogério de Oliveira Embora sigam caminhos tão diferentes como as cores das suas bandeiras, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Exército Brasileiro, no sagrado direito de ir-e-vir, ocasionalmente se encontram. Foi o que ocorreu em Livramento, quando militares do 7O RC Mec, a convite do prefeito, prestaram assistência de saúde e de serviços à população da área rural do município, incluindo três assentamentos. Coordenadores locais e políticos ligados ao MST alegaram, entre outras coisas, que nada sabiam e que, se tivessem sido consultados, não permitiriam o acesso do Exército no assentamento. Eu até gostaria de saber com que autoridade legal o MST faria isso. Deve ser a mesma com que invade propriedades rurais e prédios públicos. Fiquei a cismar como essas lideranças agiriam diante do atendimento prestado pelo Exército aos flagelados, nas últimas chuvas. Deixariam os assentados à margem, fora dos barcos? E nas campanhas de vacinação e nas de controle da febre aftosa, que têm a participação ativa do Exército? Falam tanto contra a exclusão, mas praticam-na. Um parlamentar chegou a dizer que os soldados estavam em busca de informações, como em Marabá. Ora, vejam! O dia que delas precisar irão colhê-las, livremente, pelos acampamentos de assentados, basta usarem bigode a la Bové ou se fantasiarem de guerrilheiros das forças colombianas, cujo chefe pisa no tapete vermelho do palácio. É bom que se saiba que essas ações, como as de Livramento, são chamadas de Ação Cívico Social (Aciso) e são realizadas pelo Exército em todo o Brasil há muito tempo, sob o lema Braço Forte - Mão Amiga. São abrangentes em áreas, aspectos e situações. O Exército não as divulga com alarde porque, a par do treinamento para a defesa da soberania nacional, julga que a sua imagem perante a sociedade se faz com o trabalho silencioso e objetivo na ajuda ao povo brasileiro, sempre que dele precisar. Não é à toa que o Exército foi eleito a instituição de maior confiabilidade no país, para desespero de alguns. Se bandeiras de tons carmim se agitam na tentativa de ressuscitar aqui um socialismo que já foi sepultado no mundo, as de tons verde-oliva tremulam no cotidiano dos quartéis como sentinelas, e junto ao povo, empunhadas com braço forte e mão amiga, diante de qualquer calamidade. Colunistas Panorama Político/A. Burd RENASCE NA PRAÇA O PMDB deu show de organização, força e ironias: 1O) previu superlotação do auditório da Assembléia, levando o encontro estadual a comício na Praça da Matriz; 2O) compareceram em grande número prefeitos, vereadores, presidentes de diretórios municipais, além de militantes. Foram contados mais de cem ônibus do interior; 3O) Cezar Schirmer leu artigos do estatuto do PPS que se referem ao partido como 'sucessor do PCB' e com 'dever de resgatar o pensamento marxista'. Falou ainda em 'arrogância indescritível, mau humor e personalismo exacerbado'. Tinha endereço certo; 4O) Antes de começar o discurso, Pedro Simon fez o sinal da cruz. A certa altura, lembrou: 'Antes mesmo da criação do mundo, Lúcifer conspirou e acabou no inferno'. VERBO PODAR 1) Ministro Eliseu Padilha buscou imagem: 'Na Serra, costuma ocorrer poda nos parreiras. Depois, vem mais forte ainda'; 2) do deputado Germano Rigotto: 'Os dias do RS sem projetos estão contados'. MISTURA Cezar Schirmer definiu Pedro Simon como uma mistura de São Francisco com Jó. 'Jamais vi tanta paciência', referindo-se às conversas com o grupo que acabou deixando o PMDB para entrar no PPS. REATAMENTO 1) O deputado federal Pompeo de Mattos faz relato hoje a Leonel Brizola sobre sua participação no comício do PMDB. Foi um dos pontos altos; 2) em seu discurso, lembrou de ter votado pela primeira vez para senador em 1978. Foi de Simon; 3) sobre PDT e PMDB, definiu: 'É água da mesma cacimba. Só que acabaram indo por córregos diferentes'; 4) alfinetou o PT: 'Ajudamos em 98 e eles logo viraram as costas para nós'. MANDA E NÃO PEDE Desde a fundação do PT, a corrente Democracia Socialista mantém a hegemonia sobre o diretório de Porto Alegre. A reeleição do candidato Valdir Bohn Gass, por pequena margem, já evidencia o desgaste. MARGEM A 17 de outubro de 1999, a eleição de Valdir Bohn Gass para a presidência do diretório municipal do PT deu-se por 182 votos, margem mais ampla do que os 88 de ontem. DIFERENÇA O número de eleitores na eleição do diretório do PT de Porto Alegre, há dois anos, foi de 1.540. Ontem alcançou 2.430. Mas há 15 mil aptos a votar. O adversário de Bohn Gass em 1999 foi o metalúrgico Jairo Carneiro, do PT Amplo. Agora, defrontou-se com Adroaldo Corrêa, da Articulação de Esquerda, um campo próximo da Democracia Socialista. ENTRA NO CAIXA No encontro estadual, ontem, o PMDB deu arrancada da campanha de arrecadação para construção da sede própria do diretório estadual. Arrecadados R$ 29,8 mil, correspondentes a 10% da despesa total. BALANÇA O vereador João Dib não disse sim nem não à proposta de antecipar para o próximo ano seu período na presidência da Câmara, previsto para 2003. Pelo acordo, caberia ao PT. Vai dar muito pano pra manga. LAMENTOS O jornal da família do ex-senador Antônio Carlos Magalhães publicou ontem reportagem com o título 'Gaúchos ainda lamentam perda da Ford para Bahia'. Entre os entrevistados do Correio da Bahia, o ex-governador Amaral de Souza, o deputado Onyx Lorenzoni e o empresário de Guaíba José Francisco Sperotto. APARTES Só falta a iniciativa de marcar o histórico encontro entre Pedro Simon e Leonel Brizola. É para logo. Câmara de Porto Alegre apreciará 4a-feira veto do Executivo ao referendo sobre previdência dos municipários. Como ponteiro, Itamar Franco faria a alegria dos narradores de futebol: faz que vai, mas não vai. Paulo Sant'Ana filiou-se ao PMDB. Confusão aguda: executiva do PDT de Sapucaia do Sul demitiu-se. Nova bancada do PPS fará estréia amanhã no plenário da Assembléia. Secretário Zeca Moraes recebe hoje missão cubana que quer tratar de negócios. Sem chá de banco. O tempero da noite: Câmera 2, às 22h30min de hoje, na TV Guaíba. Deu no jornal: 'Bush quer cortar US$ 60 bi em impostos para aquecer economia abalada'. Essa lição o Brasil não tem jeito de aprender. Do chargista mineiro Lute: 'Ben Lalauden construiu um prédio e deixou rombo no bolso do brasileiro'. Editorial AFTOSA: EXÉRCITO RETORNA À FRONTEIRA O retorno das Forças Armadas à fronteira do Rio Grande do Sul , a partir desta semana, para ampliar a fiscalização e o controle da entrada de produtos contaminados pelo vírus da febre aftosa na divisa com a Argentina, deve ser aplaudido. Devemos evitar o reingresso desse pesadelo que se abateu na cadeia produtiva da carne bovina, suína e ovina do Estado, da Argentina, do Uruguai e de vários países da União Européia. Esse apoio foi anunciado pelo ministro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, após um encontro com o presidente Fernando Henrique Cardoso. A implementação da medida ocorreu através de entendimentos entre o Ministério da Agricultura e o Ministério da Defesa e pedidos do governo do Estado. O ministro Pratini de Moraes admitiu que técnicos do seu ministério julgaram a medida desnecessária, pois a cobertura vacinal do Estado deveria ser suficiente para evitar o ressurgimento do vírus. A questão é séria e exige um tratamento adequado e firme das autoridades políticas e sanitárias. O problema já afetou, e muito, não só as economias locais, mas também a sociedade gaúcha. Em nível nacional, a doença prejudicou a abertura de novos mercados da carne no exterior. Todos sabemos que, no enfrentamento da febre aftosa, ocorreram problemas entre os governos estadual e federal, mas a preocupação agora deve ser a de que as ações assegurem a defesa do Estado e do país contra um vírus de fácil disseminação, que ainda está em expansão em algumas regiões da vizinha Argentina. O esforço deve ser conjunto, para que sejam restabelecidas o mais breve possível, por exemplo, as exportações de carne bovina para a União Européia e também a comercialização de carne suína para a Rússia, que dá sinais de abertura. Informa o ministro que deveremos exportar neste ano mais de 1 bilhão de dólares de carne bovina. As exportações de carne suína aumentaram em 160% e irão atingir 200 milhões de dólares. É necessária a manutenção de uma política sanitária extremamente rigorosa, que envolva produtores, municípios, estados e governo federal. Devemos evitar as questiúnculas políticas e atentarmos para a erradicação da doença no país. A presença das Forças Armadas na fronteira deverá assegurar a continuidade da produção animal nos diferentes elos do agronegócio. A febre aftosa não pode ultrapassar as nossas fronteiras. Por isso, devemos saudar essa iniciativa. Topo da página

10/08/2001


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