CUNHA LIMA HOMENAGEIA MILTON CAMPOS
O senador paraibano chamou a atenção especialmente para a retidão do caráter de Milton Campos, que guiava sua conduta por princípios morais e ideológicos inflexíveis. Eleito governador de Minas Gerais em 1947, mostrou que era um liberal, no melhor estilo, absorvendo mesmo os ataques de correligionários ao seu governo. Como administrador, revelou-se modesto e austero.
Entre os fatos mais notáveis da biografia de Milton Campos, Cunha Lima citou a sua solidariedade à Revolução de 30 em uma demonstração do quanto era antioligárquico. Seria o relator do anteprojeto da Constituição de Minas Gerais, promulgada em 1935, mas em 1937, com o início do Estado Novo, retornaria à advocacia, tendo ajudado a fundar neste período a Ordem dos Advogados e a Faculdade de Filosofia da Universidade de Minas Gerais. Deputado constituinte em 1946, teve papel importante na Comissão do Poder Judiciário, contribuindo para incluir naquele texto os direitos e as garantias individuais em contraposição à intervenção do Estado na economia.
- O encerramento da era das tiranias tem conduzido à redescoberta das virtudes do pluralismo político. Neste momento, nada mais oportuno do que resgatar a memória, as idéias e o exemplo de Milton Campos - disse Cunha Lima.
Embora ser tenha tornado célebre em função da carreira política, Milton Campos desenvolveu dotes intelectuais que lhe permitiram exercer diversas atividades, como o jornalismo, a docência e a literatura. Na universidade, integrou um grupo de jovens intelectuais mineiros do qual faziam parte Gustavo Capanema, Cyro dos Anjos, Afonso Arinos de Mello Franco, Pedro Nava e Carlos Drummond de Andrade.
01/12/2000
Agência Senado
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