Curso busca evitar pragas na citricultura amazonense



O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) em parceira com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Amazônia Ocidental estão unindo esforços para evitar que duas pragas ameacem a citricultura no Amazonas, a CVC (Clorose Variegada dos Citros) e a HLB (Huanglongbing), também conhecida como greening. Para isto, acontece até esta sexta-feira (6) o curso Ameaças Fitossanitárias à Citricultura no Amazonas, uma realização da Embrapa Amazônia Ocidental, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) e acontece na sala de seminários da biblioteca do Inpa, em Manaus, em período integral.

O curso tem o objetivo de capacitar técnicos da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) e do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) sobre o reconhecimento e manejo das pragas CVC e HLB para a citricultura no Amazonas. “O Inpa e a Embrapa estão tentando evitar que estas duas pragas cheguem ao Amazonas e se disseminem ameaçando a citricultura amazonense”, disse a pesquisadora do Inpa, Beatriz Ronchi Teles.

Para o pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Marcos Garcia, a CVC e o HLB são as duas piores ameaças no mundo inteiro para a citricultura. “Estamos realizando este curso como uma medida preventiva para que os técnicos reconheçam estas pragas e tentem evitar o problema o mais cedo possível”. 

Na manhã desta quinta-feira, o pesquisador da Embrapa, Hermes Peixoto falou sobre o “Impacto e Consequências da Clorose Variegada dos Citros (CVC) sobre a Citricultura do Amazonas”; a doutoranda em Entomologia pelo Inpa Malu Feitosa abordou o tema “Levantamentos de Cigarrinha da CVC e seus Inimigos Naturais no Amazonas”; o representante do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) Renato Bassanezi falou sobre “Huanglongbing dos Citros: Importância, Reconhecimento e Manejo”; e o pesquisador da Embrapa Marcos Garcia explicou como fazer o monitoramento de vetores de CVC e HLB com armadilhas Adesivas. À tarde, os participantes do curso farão uma visita a pomares de citros em Rio Preto da Eva, principal produtor do Estado, e Iranduba. 

Principais ameaças

Conforme informações da Embrapa, a CVC é causada por uma bactéria identificada como Xylella fastidiosa que, depois de transmitida para a planta, se multiplica e obstrui os vasos do xilema, responsáveis por levar água e nutrientes da raiz para a parte aérea. A obstrução dos vasos causa a diminuição do tamanho do fruto. Podendo torná-lo inviável para o consumo. A CVC ocorre em laranjeira, estando a limeira, limoeiro, tangoreiro e tangerineiras imunes à doença.

Segundo estudos da Embrapa, HLB é considerada a pior doença dos citros no mundo e é causada por bactéria que provoca desfolha, seca e morte dos ramos. Os frutos apresentam maturação irregular, redução do tamanho, deformação e queda intensa. A doença também considerada de difícil controle e rápida disseminação sendo altamente destrutiva para os pomares causando enormes prejuízos em todos os locais onde estão presente. A transmissão se dá por meio da bactéria Diaphorina citri, pequeno inseto sugador da seiva do floema, de coloração cinza e com manchas escuras nas asas.

Fonte:
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia



06/12/2013 16:59


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