Debate sobre repressão ao crime organizado prossegue nesta terça



Nesta terça-feira (9), a partir das 10h, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) dará continuidade à série de audiências públicas para debater o PLS 150/06, que trata da repressão ao crime organizado. No último dia 3, estiveram no Senado para debater o projeto o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e procurador-geral da República (PGR), Antonio Fernando de Souza.

VEJA MAIS

A proposta já foi aprovada na CCJ em 2007 e estava já na pauta do Plenário, mas retornou à comissão porque o senador Romeu Tuma (PTB-SP) apresentou emendas, alterando a expressão "investigação" por "inquérito policial", nos dispositivos do texto referentes ao procedimento criminal.

Para esta audiência, estão convidados Sandro Torres Avelar, presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF); Carlos Eduardo Benito Jorge, presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol); José Carlos Cosenzo, presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp); Wladimir Reale, advogado criminalista; Leonardo Bandarra, procurador-geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios; Abizair Paniago, presidente do Conselho Nacional de Chefes de Polícia Civil; Raimundo Cezar Britto de Aragão, presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; e Salise Monteiro Sanchotene, presidente do Grupo Jurídico da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Encla). 

Projeto

O PLS 150/06 foi proposto pela senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) e tem o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) como relator. O texto define o crime organizado e determina instrumentos legais para combatê-lo, incluindo normas de investigação, meios de obtenção de prova e procedimento criminal a ser aplicado. O texto final, de Mercadante, considera organização criminosa a associação de três ou mais pessoas - estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas - com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de um ou mais de 19 crimes.

Na audiência realizada semana passada, tanto o presidente do STF Gilmar Mendes quanto o procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza afirmaram que o projeto é um avanço com relação à legislação existente, mas merece aprimoramentos em vários pontos. Como ponto positivo, apontaram, por exemplo, uma definição mais precisa do que é organização criminosa e dos crimes adjacentes. Também a sistematização dos instrumentos de investigação, a possibilidade ou não de apelar em liberdade, e a preservação de nome, endereço e demais dados da testemunha, quando necessário, foram considerados avanços.

Por outro lado, Gilmar Mendes disse que é preciso garantir, no projeto, mais segurança aos juízes responsáveis por processos de crimes organizados, definir a própria atividade investigatória do Ministério Público e criar um conselho de inteligência para coordenar essas atividades no combate ao crime organizado.

Saiba mais:



05/06/2009

Agência Senado


Artigos Relacionados


Subcomissão prossegue debate sobre Crime Organizado no Estado

Subcomissão prossegue debate sobre crime organizado no Estado

Subcomissão prossegue debate sobre Crime Organizado no Estado

CCJ debate na 4ª repressão ao crime organizado, com a presença de Gilmar Mendes

Comissão Mista de Segurança começa a discussão sobre repressão ao crime organizado

CCJ fará audiência para aprofundar discussão sobre repressão ao crime organizado