Delcídio dará prioridade a agenda social no segundo mandato



Sem se afastar dos assuntos de logística e infraestrutura, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) pretende dar maior ênfase aos temas sociais no seu segundo mandato. Com cerca de 830 mil votos, ele pavimentou seu retorno ao Senado, a partir de fevereiro, com o apoio de quase 35% dos seus conterrâneos. Agora, diz que retribuirá a confiança buscando apoio federal para melhorar o acesso da população do estado aos serviços de saúde, segurança e educação.

- Sempre fui focado em logística e infraestrutura e vou continuar nessa linha, mas agora minhas prioridades serão educação, saúde e segurança - destaca.

Na área da saúde, por exemplo, o senador quer levar para o estado as chamadas Unidades de Pronto-Atendimento (UPA). Outra iniciativa será no sentido de assegurar recursos para montar hospitais regionais em cidades consideradas pólos regionais. Para Campo Grande, ele reivindicará um centro de prevenção e tratamento de câncer associado ao Hospital de Câncer de Barretos (SP), referência nessa área médica.

A meta de Delcídio para a área de educação é dobrar de sete para 14 o número de escolas técnicas federais no estado.

No campo da segurança, ele enfatiza a necessidade de reforço do controle das fronteiras do estado com o Paraguai e a Bolívia. Delcídio destaca que os grandes problemas de segurança estão diretamente associados ao tráfico de drogas e armas, que entram no país pelas fronteiras e afetam de imediato os estados limítrofes como o Mato Grosso do Sul.

- Mas essa não é uma questão apenas de controle das fronteiras. Nós precisamos também de políticas específicas de promoção social e de geração de emprego e renda para os moradores, sobretudo os jovens, a fim de mantê-los longe da criminalidade - observa o senador.

Delcídio destaca que, em relação aos controle de fronteira, houve avanços nos últimos tempos, como o estabelecimento de uma base área da Força Nacional em Ponta Porã. A partir da base, são operados voos não tripulados de pequenas aeronaves de reconhecimento e vigilância que cobrem grande parte das fronteiras secas do país.

Durante o primeiro mandato, Delcídio atuou como relator de projetos na área de infraestrutura, como o que definiu o novo modelo para o setor elétrico e, mais recentemente, a proposta referente à capitalização da Petrobras, destinada a reforçar a estatal para os desafios da exploração do Pré-sal. Ele foi também o relator do projeto de lei do Orçamento da União para 2009 e presidiu a CPI dos Correios, por indicação do bloco de apoio ao governo.

Sucessão

Indagado sobre qual deve ser a posição de seu partido na futura composição da Mesa do Senado, Delcídio diz que ainda é cedo para os entendimentos. Conta que os debates sobre a sucessão nessa Casa e na Câmara dos Deputados caminham juntos, envolvendo mais de perto o PT e o PMDB, as principais forças da base governista. No entanto, adianta que o início das conversas deve ocorrer apenas depois do segundo turno das eleições presidenciais.

- Todo mundo está com a cabeça na campanha, ainda sem disposição para tratar de sucessão nas duas Casas - afirma.

14/10/2010

Agência Senado


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