Democratas critica MP do trem-bala e cobra agenda para votações



A bancada do Democratas no Senado é contrária à Medida Provisória 511/10, que autoriza a União a financiar mais da metade do custo previsto do trem de alta velocidade (TAV) que ligará o Rio de Janeiro a Campinas (SP). Na saída de reunião da bancada nesta terça-feira (9), o líder do partido, senador Antonio Carlos Junior (BA), afirmou que o empreendimento é economicamente inviável e alertou para os riscos de a União assumir subsídios elevados na operação do projeto.

Antonio Carlos citou análise da Consultoria do Senado, em que o consultor Marcos Mendes considera o TAV "um caso clássico de má qualidade da gestão de investimentos públicos". O senador anunciou a intenção do DEM de solicitar novos estudos técnicos sobre a viabilidade do empreendimento.

O senador Eliseu Resende (DEM-MG), um dos participantes da reunião, também considerou o empreendimento inviável. Ex-ministro dos Transportes, Resende disse que os recursos para implantação do trem-bala seriam mais bem empregados em projetos de ampliação dos metrôs das capitais, quase todos com obras inconclusas ou mesmo paralisadas.

Pauta

Antonio Carlos Junior sugeriu às lideranças partidárias "um mergulho profundo" nos projetos que se encontram na pauta do Plenário, a fim de escolher aqueles cuja aprovação seja realmente prioritária. Ele disse que a atual legislatura do Senado daria uma contribuição importante para o país se aprovasse os códigos de Processo Civil (CPC) e de Processo Penal (CPP).

Quanto ao Orçamento da União, o líder do DEM explicou que o dever do Congresso Nacional é aprová-lo ainda este ano, mas disse ter ouvido comentários de que a presidente eleita Dilma Rousseff talvez opte por "uma aprovação mais dócil" na próxima legislatura.

- Pela oposição, votaremos o Orçamento este ano, como determina a Constituição - afirmou Antonio Carlos.



09/11/2010

Agência Senado


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