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Governo defende ramal para Campinas do trem bala SP-RJ

Medida é estratégica para dinamizar a economia do município, onde fica o aeroporto de Viracopos

O governador José Serra voltará a defender uma questão-chave para a expansão do sistema de transportes nacional. Neste sábado, 8, ao reunir-se com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, Serra vai reiterar a necessidade de incluir o trecho Campinas-São Paulo no projeto de um trem de alta velocidade entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

“Este é um investimento de mais de R$ 20 bilhões. É um projeto que tem de ser feito com muito cuidado, tem de ser muito bem feito do ponto de vista técnico”, disse Serra na tarde de sexta-feira, 7, em Campinas. “Nós sugerimos há alguns meses ao próprio BNDES que incluísse o trecho Campinas-São Paulo como parte do trem bala que vai para o Rio de Janeiro. O BNDES incluiu em seus estudos e agora eles estão levantando o projeto”, completou. Há seis meses o pedido foi feito pela primeira vez aos técnicos do banco.

Estender os trilhos até Campinas é estratégico para dinamizar a economia na medida em que lá se encontra o aeroporto de Viracopos, observou o governador. “O aeroporto de Viracopos é o grande lugar de expansão do transporte aeroviário no Estado. Por isso, aliás, é que estamos fazendo estradas e duplicações, para facilitar o acesso ao aeroporto”, disse Serra durante discurso de inauguração da Cidade Judiciária de Campinas. “A possibilidade de São Paulo para expandir o transporte aéreo, inclusive o internacional, é Viracopos. É a mais rápida, a mais eficiente e a mais econômica”, enfatizou.

Serra defende a concessão do aeroporto de Viracopos, mas não é favorável à abertura do capital da Infraero para a área privada. “O que sou a favor é que alguns aeroportos sejam concedidos, com contrato de gestão e de investimentos”, explicou Serra. O governador disse que o problema aeroviário de São Paulo “continua sendo grave”. Serra disse ainda que não é fácil ampliar o aeroporto de Cumbica, “o mais fácil é Viracopos. E é muito mais difícil fazer um outro aeroporto na região metropolitana de São Paulo”.

Manoel Schlindwein

(L.F.)

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