Demóstenes quer convidar juíza federal para falar sobre decisão que liberou Congonhas



O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, Demóstenes Torres (DEM-GO), disse, em entrevista à imprensa, que deverá apresentar requerimento convidando a juíza federal Cecília Marcondes para explicar sua sentença que liberou as operações no Aeroporto de Congonhas para jatos comerciais de grande porte, como aeronaves Boeing-737/700/800 e Fokker-100.

Em matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta terça-feira (21), Cecília Marcondes acusou a diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, de ter apresentado documento com falsas medidas de segurança para pousos de aviões em pista molhada, o qual a induziu a proferir decisão errônea que permitiu o acidente com o vôo 3054 da TAM.

De acordo com Demóstenes, o documento entregue por Denise Abreu à juíza - uma norma chamada IS-RBHA 121 - estava plenamente em vigor, uma vez que foi divulgado no site da Anac. Em depoimento à CPI do Apagão Aéreo na semana passada, a diretora da Anac afirmou, contudo, que a norma era apenas um estudo interno que foi publicado no site da agência por falha do setor de informática.

- A Anac não tem como se furtar a esse caso. Vamos chamar a juíza, convidá-la para que exponha em que termos foi iludida pela senhora Denise Abreu - disse Demóstenes.

Comentando a aprovação pelo colegiado de pedido de quebra dos sigilos bancários, fiscal e telefônico de Denise Abreu, Demóstenes disse ser sua intenção provar a existência de um relacionamento da diretora com o empresário Carlos Ernesto Campos, dono do terminal de cargas do aeroporto de Ribeirão Preto. Segundo denúncia investigada pela CPI, Denise Abreu teria tentado favorecer Carlos Ernesto ao fazer gestões visando àtransferência dos setores de cargas dos aeroportos de Guarulhos (São Paulo) e Viracopos (Campinas) para Ribeirão Preto.



21/08/2007

Agência Senado


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