Dengue faz planos de saúde pressionarem por aumento









- Dengue faz planos de saúde pressionarem por aumento

- Os planos de saúde estão pressionando o Governo para conseguir um aumento imediato das mensalidades pagas pelos segurados. As empresas dão como justificativa o crescimento das despesas com a explosão de atendimentos médicos, exames de laboratórios e internações por causa da epidemia de dengue. "Trata-se de uma emergência", justifica o presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo, Sérgio Vieira.

maior problema está sendo enfrentado pelas pequenas empresas que, em alguns casos, têm metade dos funcionários doentes. A Associação dos Shopping Centers calcula que 30% dos vendedores estão com dengue, a Petrobras já contabilizou 79 funcionários doentes e a Varig, 60. (pág. 1)

- A violência fez o Brasil desperdiçar ano passado R$ 112 bilhões (a 10% do PIB), calcula o economista Ib Teixeira. A cifra é resultado da soma dos gastos de estados, empresas e indivíduos com segurança, além das perdas de vida e patrimônio causados por homicídios, roubos e furtos.
Segundo pesquisa da Câmara Americana de Comércio, a violência preocupa mais os investidores estrangeiros do que o resultado das próximas eleições.

  • Em São Paulo, o Ministério Público rastreou 30 contas bancárias de membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior organização criminosa do estado. (pág. 1, 14 e 35)

    - Especialistas advertem que o fim do racionamento não deve ser considerado, pelos consumidores, como razão para gastar. A extinção do bônus, em abril, o aumento natural do consumo e os reajustes nas contas (os autorizados pelo Governo e os que serão cobrados para compensar perdas das distribuidoras) vão pesar no orçamento familiar. (pág. 2 e 37)

    - O Exército colombiano deve se preparar para uma longa luta contra a guerrilha, apesar das primeiras vitórias no sul do país. Especialistas acreditam que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) evitarão um confronto aberto com as tropas e partirão para ataques urbanos, agravando a recessão. O Exército admite que os avanços serão lentos. (pág. 2 e 43)

    - O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, namora o PL. O mesmo PL que namora na Bahia o ex-senador Antônio Carlos Magalhães (PFL) e, no Rio, o governador Anthony Garotinho (PSB). O candidato do PSDB, José Serra, namora o PMDB, que namora o PT no Paraná, em Goiás, no Mato Grosso e em São Paulo.

    Mas o PMDB também dá suas piscadelas para a candidata do PFL, a governadora Roseana Sarney. O PTB, que tem como parceiro o candidato do PPS, Ciro Gomes, flerta em São Paulo com o governador tucano Geraldo Alckmin e com o PFL na Bahia.

    Nesse emaranhado de acordos, os políticos estão com os nervos à flor da pele diante da ameaça de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pôr fim aos seus casamentos antes mesmo do sim.
    O tribunal pode aprovar resolução, nos próximos dias, proibindo que se faça nos estados coligações diferentes das nacionais para a disputa presidencial. Isto inviabilizaria uma salada de alianças de todas as matizes ideológicas. (pág. 1 e 3)

    - Em meio a uma avalanche de críticas por causa das negociações abertas com o PL em favor da pré-candidatura à Presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente nacional do PT, deputado José Dirceu (SP), saiu da defesa e partiu para o ataque. Ele garante que o partido não mudou de lado e lembra que o PSB de Miguel Arraes também está negociando com o PL.

    Em sua opinião, escândalo mesmo é um deputado como bispo Rodrigues (PL-RJ), porta-voz da Igreja Universal do Reino de Deus, declarar que apóia a candidatura do governador do Rio, Anthony Garotinho, só porque ele é evangélico.

    O presidente do PT rebateu ainda as declarações do vice-presidente da CNBB, dom Marcelo Carvalheira, que manifestou preocupação com a hipótese de Lula, caso seja eleito, ceder um ministério para a Igreja Universal. Dirceu disse que nunca ouviu críticas da CNBB ao Governo Fernando Henrique Cardoso, que, segundo ele, ajudou a Igreja Católica a montar um império de comunicação. (pág. 1 e 4)

    - (Estocolmo) - O presidente Fernando Henrique Cardoso, respondendo, na entrevista coletiva de encerramento da Cúpula da Governança Progressista, em Estocolmo, a uma pergunta sobre se as idéias da esquerda progressista que ele defende são as do PSDB ou as do PT, criticou a esquerda brasileira, dizendo que ela "não é contemporânea".

    "Eu disse muito claramente que no Brasil as posições nossas, do PSDB, são criticadas por uma esquerda que, a meu ver, não é contemporânea e que portanto vê em tudo o que é moderno o neoliberalismo, quando, na verdade, não existe neoliberalismo na prática do PSDB", disse o Presidente.

    Fernando Henrique queixou-se também de estar sendo criticado pelo populismo mais conservador que existe no Brasil, mas não mencionou nomes, nem partidos. (...) (pág. 5)

    - De volta ao Senado esta semana, o presidenciável tucano José Serra terá que se desdobrar para fazer aquilo a que se propôs: ser um senador atuante pelo menos até junho e cumprir uma puxada agenda de viagens pelos estados onde a pré-campanha eleitoral já está em curso.

    Se é fundamental o contato direto com os dirigentes do PSDB País afora nessa fase de composição de alianças, importante também é ocupar o espaço privilegiado da tribuna do Senado.
    Serra disse a assessores e colegas de partido que participará de todas as discussões e votações relevantes no Senado. (...) (pág. 12)


    Colunistas

    PANORAMA POLÍTICO - Tereza Cruvinel

    - A semana fechou-se com forte expectativa de crescimento de Roseana Sarney e queda de Lula, que os teriam levado ao empate, segundo informações passadas aos políticos por institutos de pesquisa. Se tal se confirmar, estará claro que o petista bateu em seu teto, projetado em 30%. Já o crescimento continuado da pré-candidata do PFL indicará que ela ainda não esgotou seu potencial, apesar dos movimentos recentes dos adversários. (...) (pág. 2)

    (Ancelmo Gois) - O ministro Almir Pazzianoto, presidente do Superior Tribunal do Trabalho, teme pelos 10 mil trabalhadores - muitos dos quais desempregados - cujos processos foram destruídos pelo fogo que atingiu parte do prédio do TRT do Rio.

    Em 1996, um pequeno incêndio queimou 170 processos na sede do TST em Brasília. A recuperação levou dois anos. E alguns simplesmente sumiram.

  • Roseana Sarney passou a semana passada no Rio tentando fazer as pazes, no Ipea e no IBGE, com os números que apontam a miséria do Maranhão.

    Aliás, estes números perseguem a governadora há muito tempo. Em 1999, o economista Marcelo Néri sofreu perseguição dentro do Ipea ao divulgar estudo concluindo que o Maranhão era pobre, pobre, de marré de si. Na época, de cada cem pessoas, 88 recebiam menos que R$ 149 por mês. (pág. 14)


    Editorial

    "DESCOBERTAS DE 22"

    Estão sendo comemorados, no Rio de Janeiro e em outros centros, os 80 anos da Semana de Arte Moderna. Este também é o ano do centenário de Carlos Drummond de Andrade; e esses dois fenômenos cabem facilmente no mesmo cenário: o da afirmação de uma cultura brasileira consciente de si mesma. (...) (pág. 6)


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    02/24/2002


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