CARLOS PATROCÍNIO RECEIA AUMENTO NOS PLANOS DE SAÚDE



O senador Carlos Patrocínio (PFL-TO) manifestou apreensão com a possibilidade de os planos de saúde serem majorados em 15%. Ele fez um apelo ao ministro da Saúde, José Serra, e aos dirigentes dessas empresas para que não prejudiquem mais uma vez o contribuinte, já na expectativa de enfrentar as alíquotas preconizadas pelo plano de ajuste fiscal do governo. Carlos Patrocínio lembrou que, se aprovado, o plano do governo resultará no aumento da alíquota da Previdência para os ativos e inativos que ganham mais de R$ 1,2 mil e no aumento da CPMF. No seu entender, isso leva o brasileiro a pensar que "todo dia agora vai ter que pagar mais uma conta". Ele lembrou que os planos de saúde comportam um universo de adesões muito amplo, não havendo razão para aumento das mensalidades.Conforme o parlamentar, os técnicos do Ministério da Saúde concluíram que 8% seria o máximo permitido de aumento para não prejudicar o segurado desses planos. Carlos Patrocínio ainda argumentou que, nos Estados Unidos, os planos de saúde possuem valores bem mais baixos que os cobrados no Brasil.Também recordou que o Senado exauriu todos os esforços no estudo dessa matéria, negociando-a para que o texto não voltasse para a Câmara, atrasando a vigência das medidas. "Essa Casa fez o que pôde para que tivéssemos planos de saúde mais consentâneos com as necessidades da população", afirmou o parlamentar, observando que eles encerram uma ajuda eficaz para que a comunidade não utilize em excesso os serviços do SUS (Sistema Único de Saúde).Conforme Patrocínio, hoje é o último dia de prazo para a regulamentação da lei. Essa regulamentação, segundo ele, deverá determinar que até 3 de dezembro de 1999 os segurados de planos de saúde inteirem-se de todas as normas para fazer um novo contrato ou até um novo tipo de plano, que deverá cobrir todas as doenças.

03/11/1998

Agência Senado


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