Depoimento de arquiteto na CPI gera divergência entre parlamentares



O depoimento de Alexandre Milhomen na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Cachoeira transformou-se em disputa política entre PSDB e PT. Parlamentares divergem sobre a necessidade da convocação do arquiteto que trabalhou na reforma da residência em que Cachoeira foi preso.

A reunião teve início por volta das 10h35 e foi marcada para buscar esclarecimentos sobre o episódio da venda da casa onde o contraventor foi preso em fevereiro deste ano. O imóvel, num condomínio de luxo em Goiânia, pertenceu ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) apontou direcionamento partidário na relatoria da CPI e criticou o maior número de convocados ligados ao governador de Goiás.

- A postura do relator, não sei se cumprindo missão partidária, é muito ruim para a CPI. Diz ao Brasil que podemos postergar a oitiva de Fernando Cavendish, mas precisamos ouvir o arquiteto – reclamou o parlamentar em relação à recomendação do relator quanto ao ex-diretor da Delta.

Em resposta, o relator da CPI, Odair Cunha (PT), ressaltou que a convocação do arquiteto foi tomada em decisão colegiada. Ele também afirmou que há indícios ligando a organização criminosa ao governo de Goiás.

- Temos a tarefa de buscar estabelecer vínculos de pessoas que vêm nessa CPI da organização criminosa. As pessoas que temos que convocar são as pessoas ligadas ao governador Marconi Perillo. Há indícios contundentes. – afirmou o relator.

Antes de Milhomen, Lúcio Fiúza, ex-assessor do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e Écio Antônio Ribeiro, um dos sócios da empresa Mestra Administração e Participações, evocaram o direito constitucional de permanecer em silêncio, assegurado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e foram dispensados da reunião.

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26/06/2012

Agência Senado


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