Depoimento de delegado à CPI do Cachoeira ocorre em reunião secreta



Deputados e senadores acabam de decidir que o primeiro depoimento da CPI do Cachoeira deve ser secreto. A justificativa é a necessidade de preservar a continuidade das investigações da Polícia Federal.

O delegado da PF Raul Alexandre Marques de Souza começará a depor aos parlamentares depois de um breve intervalo para retirada das pessoas não autorizadas. Somente os membros – titulares e suplentes – da comissão e alguns servidores poderão ficar na audiência.

O delegado é responsável pela Operação Vegas, que investigou esquema de irregularidades em contratos públicos e exploração de jogos de azar comandado por Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Autores dos requerimentos, a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) e o deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF) argumentaram que a reunião secreta garantiria o segredo de justiça das investigações. O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) manifestou-se contra a reunião secreta e chegou a dizer que o conteúdo vazaria de qualquer maneira, só que em versões não oficiais. Ele teve apoio de parte dos parlamentares, mas prevaleceu a defesa do sigilo.

Os depoimentos do delegado e dos procuradores que trabalharam na Operação Monte Carlo, que acontecem na quinta-feira (10), também serão secretos.



08/05/2012

Agência Senado


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