CPI ouve depoimento de capitão da BM em sessão secreta
A CPI da Segurança Pública ouviu hoje o depoimento do capitão Airton de Oliveira Cardoso, da BM, a respeito de grupos que comandam a jogatina ilegal no Estado. O policial já depôs na CPI do Crime Organizado, no ano passado, e também encaminhou suas denúncias ao Ministério Público e Brigada Militar.
O depoimento foi em sessão secreta, com a presença apenas dos parlamentares e assessores. Outros dois depoentes – Luis Flávio da Silva e Tales Carvalho – não foram encontrados para a intimação, devendo depor em outra sessão da CPI.
Antes da sessão secreta, o capitão Oliveira contou aos deputados detalhes das ameaças que vem sofrendo desde os depoimentos que prestou à CPI do Crime Organizado e ao MP. Disse que, no final do ano passado, sua esposa na época foi abordada com seu bebê à entrada de uma creche, por dois homens utilizando revólveres da Brigada Militar. Também presente no local, o capitão disse aos deputados que o ato foi uma intimidação. Tem sido alvo de inúmeras denúncias anônimas, que resultam em investigação.
Atualmente Oliveira atua no 3o Pelotão Rodoviário. Emocionado, o policial confessou que vive com medo e que pensa em abandonar a Corporação.
Depois de ouvir o depoimento do capitão, o relator da CPI, deputado Vieira da Cunha (PDT), declarou que por se tratar de depoimento sigiloso, a ele não poderia se referir.
Novos depoimentos
A pedido do relator da CPI, foram aprovados três requerimentos para novos depoimentos: dos deputados federais Átila Lira, Gastão Vieira e Gilmar Machado, membros da Comissão de Educação que analisa modificações na Lei Pelé; Rubens Hoffmeister Filho e Jovino Demari, presidente da Federação dos Consepros.
Na próxima segunda-feira, 08/10, a partir do meio-dia, a CPI ouve mais quatro depoimentos: delegado Abílio Pereira, delegado Alexandre Vieira, Raul Casa e Rubens Hoffmeister Filho.
10/04/2001
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