Depoimento de João Lyra será às 16h desta quinta-feira



Confirmado para esta quinta-feira (16), às 16h, no escritório de João Lyra, em Maceió, o depoimento que o ex-senador e usineiro dará ao corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), para esclarecer as denúncias da revista Veja de que teria comprado, em parceria com o presidente do Senado, Renan Calheiros, por meio de "laranjas", duas emissoras de rádio e um jornal em Alagoas. A informação foi dada nesta quarta-feira (15) por Tuma, que não adiantou se a tomada do depoimento será aberta à imprensa ou reservada.

- Como convidado, ele tem o direito de escolher se o depoimento será público ou fechado - esclareceu Tuma, em entrevista à imprensa.

Questionado sobre que novidades João Lyra teria a acrescentar nesse depoimento, pois já confirmou em entrevistas à imprensa a sociedade que teria tido com Renan, Tuma explicou que as informações tornam-se oficiais somente a partir do depoimento.

- Dar entrevista é uma coisa, mas, ao depor, sua assinatura torna-se uma acusação formal e, a partir daí, ele (João Lyra) passa a assumir a responsabilidade sobre o que falar - explicou Tuma, que já foi diretor-geral da Polícia Federal.

O corregedor afirmou ainda que João Lyra não aceitou depor no Senado por considerar a situação constrangedora, já que Renan Calheiros é o presidente da instituição, mas garantiu estar disposto a esclarecer todas as dúvidas existentes sobre o caso. A Corregedoria vai pedir ao suposto ex-sócio de Renan documentos que comprovem a sociedade entre os dois, além de papéis que atestem a substituição de sócios e a contabilidade e o funcionamento das emissoras de comunicação.

- Pode haver ou não documentos que comprovem a transação, pois tudo pode ter sido feito na base da confiança - explicou o corregedor.

Outros depoimentos

Tuma disse ainda que, para esclarecer o fato completamente, será preciso também ouvir as pessoas apontadas como "laranjas" na compra das emissoras de rádio e do jornal. Segundo a Veja, a empresa JR Radiodifusão, responsável pela aquisição das emissoras de comunicação, teria sido registrada, originalmente, em nome de Carlos Ricardo Santa Ritta, funcionário do gabinete de Renan, e de José Carlos Pacheco Paes, representante político de João Lyra. Ainda segundo a revista, a empresa estaria registrada, atualmente, em nome de Tito Uchoa, primo de Renan, e de Renan Calheiros Filho, prefeito de Murici e filho do presidente do Senado.



15/08/2007

Agência Senado


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