DEPOIMENTO DE LUXEMBURGO SERÁ QUINTA-FEIRA NA CPI



O ex-técnico da Seleção Brasileira Wanderley Luxemburgo deporá nesta 5ª feira (dia 30), às 9 horas, na comissão parlamentar de inquérito do Senado que está investigando o futebol brasileiro. Entre outros assuntos, ele deverá se pronunciar a respeito das denúncias de que teria cometido falsidade ideológica, sonegado impostos e tirado proveito da venda de jogadores.

Os senadores da CPI vão comparar parte das explicações que Luxemburgo fornecer com os dados referentes ao seu sigilo bancário, que já foram enviados pelo Banco Central. O técnico, que também teve seu sigilo fiscal quebrado, deverá se pronunciar ainda a respeito de matéria dos jornalistas Cláudio Neves e Wilson de Carvalho, publicada no Jornal dos Sports do dia 19 de novembro. Segundo a reportagem, o jogador Macula afirmou que o treinador recebeu comissão pela transferência do atleta do Juventude (RS) para o Palmeiras (SP).

Além da quebra dos sigilos bancário e fiscal de Luxemburgo, a CPI solicitou ao Banco Central que envie todas as informações referentes às contas CC5 pertencentes ao treinador. Também foi quebrado o sigilo bancário e fiscal da empresa Luxemburgo Veículos. A CPI do Futebol requereu ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras todas as informações que o órgão dispõe sobre o treinador.

Também foi quebrado o sigilo telefônico dos aparelhos celulares e fixos registrados em nome de Renata Alves - a estudante de Direito que fez várias acusações contra o treinador - e os instalados no endereço que ela diz ter utilizava no período em que mantinha relacionamento com ele. Em seu depoimento à CPI, Renata afirmou que Luxemburgo realizava ligações telefônicas para tratar de transações e negócios relacionados com o futebol.

Também foram quebrados os sigilos telefônicos das linhas instaladas no endereço, onde, segundo Renata Alves, ficava a "embaixada" - local onde Luxemburgo teria se reunido com pessoas ligadas ao futebol e realizado negociatas de diversas espécies. Aos cartórios de notas do Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo, a CPI do Futebol solicitou levantamento sobre a existência de procurações em que Wanderley Luxemburgo ou Renata Alves figurem como outorgantes ou outorgados. Aos cartórios de registro de imóveis do Rio de Janeiro foi requerida a relação de imóveis que são ou foram de propriedade de Renata ou de Luxemburgo.

24/11/2000

Agência Senado


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