DEPOIMENTO DE ROMMEL CORRÊA FOI ADIADO PARA ESTA TERÇA-FEIRA



Em virtude do depoimento do ex-presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, juiz José Maria de Mello Porto, ter se estendido até as 22 horas desta segunda-feira (dia 9), os integrantes da CPI do Judiciário resolveram adiar para esta terça-feira (dia 10), a partir das 17 horas, o depoimento de Rommel Parreira Corrêa, advogado criminal do espólio de Washington Nominatto. Na quarta-feira (dia 11), às 11 da manhã, haverá uma reunião administrativa.O caso do menor Luiz Gustavo Nominato, cuja herança deixada pelo pai, o empresário Washington Nominatto, proprietário, entre outras empresas, do consórcio Itapemirim, teria sido dilapidada durante o processo de inventário, está sendo apurado pela CPI do Judiciário desde o dia 20 de maio. Nesse dia, a mãe de Luiz Gustavo, Miramar da Silveira Rocha, e o advogado Luiz Otávio Amaral, que a defendeu entre 1992 e 1998, foram os primeiros a depor sobre o assunto. O advogado disse que há indícios suficientes de conluio entre os administradores do espólio, advogados e contadores, com a permissão do juiz Asdrúbal Cruxên, atual desembargador do Tribunal de Justiça de Brasília, e da curadora de menores Zenaide Martins. Ele denunciou que nos mais de seis anos em que durou o processo de inventário, "um patrimônio riquíssimo foi dilapidado".Já Miramar da Silveira Rocha, em seu depoimento, relatou aos senadores detalhes do processo de inventário da herança deixada por Washington Nominato, em 1987, estimada em mais de R$ 30 milhões. Ela alegou que existiu um acerto entre o juiz Asdrúbal Cruxên, os inventariantes nomeados para administrar o patrimônio e sua primeira advogada, Maria das Graças Leão, com o objetivo de dilapidar a herança.Uma semana depois, no dia 27 de maio, o contador Antonio Carlos Moraes, que trabalhou para o Consórcio Itapemirim de 1984 a 1987, garantiu que o consórcio era "totalmente solvente" até o falecimento de Washington Nominato. Na mesma data, o advogado Joaquim Tomás Lopes afirmou que "havia um esquema armado" na Justiça de Brasília para evitar que um advogado experiente acompanhasse o processo de inventário que favoreceria o herdeiro Luiz Gustavo.Na semana passada, no dia 5 de agosto, o inspetor de Justiça do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, Roberto Jorge Dino, defendeu-se da acusação de ter ajudado a dilapidar a herança deixada por Washington Nominato. Ele, que fez parte do grupo de administradores judiciais que liquidou os bens do espólio, disse que Nominato administrava suas empresas de forma caótica e temerária, além de lesar credores e consorciados.

09/08/1999

Agência Senado


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