Deputados apóiam Convenção de POPs da ONU e fazem seminário



Os deputados aprovaram ontem (16/05), na reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa, uma moção de apoio à Convenção de Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs) da Organização das Nações Unidas. Esta Convenção visa eliminar as substâncias tóxicas nocivas à saúde e ao meio ambiente, como dioxinas, furanos e bifenilas policloradas. Os parlamentares também decidiram promover um seminário para alertar a sociedade sobre os riscos provenientes de tais substâncias. Este tema também será aprofundado nos dias 22 e 23 de maio, na Conferência de Estocolmo, Suécia. A pedido dos deputados Edson Portilho (PT), Cecilia Hypolito (PT) e Jussara Cony (PCdoB), a Comissão de Saúde debateu este assunto com médicos, instituições governamentais, Greempeace e outras entidades ambientais. Edson Portilho explicou que os POPs são substâncias químicas sintéticas altamente tóxicas, produzidas e lançadas ao meio ambiente pelas indústrias. E podem ser encontradas nos seres vivos. Eles estão no ar, na água e até mesmo nos alimentos. Estão presentes em computadores, tintas e produtos domésticos. Tanto a produção, quanto a utilização e o descarte final em lixões, aterros ou incinerações se constituem em fontes de contaminação ambiental. A deputada Cecilia Hypolito salientou que os POPs podem viajar longas distâncias pelas correntes aéreas e oceânicas. E que possuem características danosas e devastadoras ao ambiente global. Eles se acumulam e podem levar décadas, ou até mesmo séculos para se decomporem. Edson Portilho disse que o Brasil subscreve um tratado internacional, que visa eliminar 12 substâncias tóxicas. Este texto foi acordado entre 122 países, em Joanesburgo, na África do Sul, durante o Programa para o Meio Ambiente das Nações Unidas, em dezembro de 2000. E o texto final será firmado na reunião de Estocolmo. Cecilia Hypolito alertou que os POPs podem causar câncer e distúrbios hormonais, problemas no sistema reprodutor, nervoso e imunológico, além de comprometer o desenvolvimento de bebês e crianças. "Eles demoram muito para se degradar, são biocumulativos, ou seja se acumulam ao longo da cadeia alimentar. E aderem às camadas de gordura, permanecendo no organismo dos seres vivos", acrescentou a deputada petista.

05/16/2001


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