Deputados questionam proibição do governo à doações para escola do interior



A decisão da Delegacia de Educação de Bento Gonçalves de proibir doações de uma empresa para a Escola Estadual Major José Colombo Morganti e a repreensão à sua única professora foram analisadas pelos parlamentares na tribuna. O presidente da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, deputado Onix Lorenzoni (PFL), criticou o fato da professora ser repreendida pelo governo estadual por aceitar doações de uma empresa privada para a reforma do prédio e do mobiliário da escola lamentando que a Secretaria da Educação repassa recursos de 108 reais por mês para aquela instituição. Ele cobrou coerência do governo ao questionar as alegações do responsável pela educação da área de se ouvir as instâncias superiores para que um órgão público possa receber qualquer tipo de ajuda. Já a deputada Iara Wortmann (PMDB) contestou a determinação da Delegacia de Educação de que a escola não pode receber benfeitorias e equipamentos classificando a medida como "um ato autoritário, sectário e antidemocrático, porque, efetivamente, aquela comunidade escolar tem o direito de saber o que é melhor para sua escola". O deputado peemedebista José Ivo Sartori também questionou a postura governista observando que "não repassar recursos para as escolas e não querer ajuda é coisa que nunca tinha assistido. É algo que escandaliza a todos, que vai além do ato administrativo". Ele acrescentou que mesmo com a questão já resolvida pelo governo "não basta o silêncio, porque depois não queremos ser perturbados por outros atos de quem se diz de esquerda e toma atitudes autoritárias e não convenientes com o processo educacional". Por sua vez, o deputado Roque Grazziotin (PT) ao comentar sobre a situação da Escola Major José Colombo Morganti considerou que "já foi solucionado o problema e que houve o entendimento, a compreensão e a colaboração, tanto das empresas quanto da comunidade. Por isso acredito que esse episódio está superado".

03/20/2001


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