Desabastecimento de gás na região Sul preocupa Casildo Maldaner



Em discurso no Plenário nesta terça-feira (20), o senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) manifestou preocupação com uma possível falta de gás para as empresas da região Sul. O senador registrou que o desabastecimento foi pauta de uma reunião nessa segunda-feira (19), em Florianópolis (SC), entre representantes da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), que integra os três estados do Sul, além do Mato Grosso do Sul.

O senador disse que há uma espécie de “racionamento no planejamento” no país, que produz efeitos desastrosos para o crescimento econômico. De acordo com Casildo Maldaner, a estrutura logística brasileira é sofrível e a carga tributária é alta e inibidora de investimentos. Como se isso não bastasse, acrescentou, a matriz energética dá sinais claros de esgotamento, impondo “barreiras intransponíveis” para o crescimento.

Conforme informou o senador, o volume de gás disponibilizado pela Petrobras em Santa Catarina já não é suficiente para atender às necessidades das empresas locais. Cerca de 60 empresas, desde aquelas do setor de alimentos até as do setor automotivo, estão esperando o aumento da oferta. Segundo o parlamentar, algumas empresas já estão abortando projetos, por conta da falta de gás. Ele disse que muitos empresários têm cobrado uma posição da Petrobras, que fornece o combustível para a região.

- Apesar dos insistentes apelos, não houve resposta da Petrobras nem uma ação mais efetiva da Agência Nacional do Petróleo (ANP) – lamentou.

Segundo Casildo Maldaner, daqui a seis anos, a previsão é de aumentar em quase 50% a demanda do combustível. Com base em dados da Fiesc, o senador disse que, por conta da possível falta de gás, os setores cerâmico e químico vão deixar de crescer 50% até 2020. Já os setores têxtil e metalúrgico podem deixar de crescer 25%, enquanto os de papel-celulose, alimentos e bebidas, 10%. Para o senador, todos sabem da consequência inevitável dessa situação: atraso no crescimento e demissões no setor, “não desejadas por ninguém”.

- Pois notem o paradoxo absurdo: por falta de planejamento e ação governamental na oferta energética, os empresários são impedidos de crescer e serão forçados a demitir – lamentou o senador, indicando que uma possível solução para o problema seria criar no gasoduto Bolívia-Brasil um ramal para atender aos estados do Sul.

Em aparte, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) elogiou o pronunciamento do colega e apontou que a preocupação com a questão energética afeta todo o país. A senadora admitiu que alguns problemas com o meio ambiente são de difícil solução, mas defendeu prazos menores para a concessão de licenças ambientais.



20/08/2013

Agência Senado


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