Desenvolvimento da Agricultura familiar é tema de conferência
Representantes dos diversos movimentos do rural brasileiro, como extrativistas, índios, quilombolas, mulheres, jovens, ribeirinhos e pescadores abriram os debates da 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (2ª CNDRSS), que começa oficialmente nesta segunda-feira (14), às 18h30, em Brasília.
A plenária paralela de Povos e Comunidades Tradicionais reuniu membros do Governo Federal e discutiu a importância de integrantes desses grupos tornarem-se protagonistas da construção do Plano Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PNDRSS).
Na avaliação do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Laudemir Müller, a conferência é um espaço no qual sociedade civil e governo debatem juntos os avanços e desafios para a construção do Plano Nacional.
“Queremos e vamos discutir o desenvolvimento socioeconômico-ambiental da agricultura familiar, acesso à terra, reforma agrária, gestão social e participação, etnodesenvolvimento, emancipação da juventude e autonomia das mulheres. Temos que discutir tudo isso e também os temas do rural, da política agrária, da saúde, da educação, da cultura e da infraestrutura no meio rural, porque estamos falando do desenvolvimento sustentável do nosso povo”, atentou.
A secretária de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Silvany Euclenio, pontuou que a Conferência proporciona visibilidade sobre os diversos atores do rural brasileiro.
“Esse protagonismo e essa visibilidade propiciada pela luta da sociedade civil e pelo compromisso do governo com essas populações coloca o desafio de enxergar o Brasil real”, ressaltou.
A representante do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Kátia Favilla, afirmou que esta é uma iniciativa importante e enxerga a diferença das populações que estão no rural.
“A gente sempre fala da enorme biodiversidade que temos no País, mas esquecemos que ela existe graças à sociodiversidade, aos povos e comunidades tradicionais. E essa sociodiversidade também está no meio rural. Além dos agricultores familiares, temos outras populações que estão no campo, que preservam nossas matas e que têm um jeito diferente de lidar com a produção, com a segurança alimentar e outros temas”, disse.
União
Maria Helena Kalunga, representante dos quilombolas, define que o momento é importante e mostra a união dos povos e comunidades tradicionais na construção das propostas do Plano Nacional.
“A caminhada começou com um primeiro passo e não vai parar por aqui. Nós, povos e comunidades tradicionais, estamos quebrando o paradigma da invisibilidade a partir do momento que nos assumimos como sujeitos da nossa história. Estamos caminhando para um desenvolvimento realmente sustentável. Espero que a gente seja protagonista dessas conquistas e faça parte desse desenvolvimento”, destacou.
Também participaram da mesa de abertura o diretor de Povos e Comunidades Tradicionais do MDA, Edmilton Cerqueira; o secretário-executivo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável do MDA, Roberto Nascimento; o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Icmbio), Roberto Vizentin; a representante da Fundação Nacional do Índio (Funai), Carolina Comandulli; a representante dos extrativistas, Célia Regina; a representante dos indígenas, Olga Macuxi; e a representante do Serviço Florestal Brasileiro, Elizangela Sanches Januário.
Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Agrário
14/10/2013 17:25
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