Desoneração da folha não gera empregos, afirma técnico do Ipea
Desonerar a folha de pagamentos não significa gerar mais empregos; o objetivo principal é fomentar a competitividade e recuperar as margens de rentabilidade de setores empresariais. A afirmação é do técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), José Aparecido Carlos Ribeiro.
Ele participa da audiência pública no Senado para debater o tema. A reunião é promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS).
Segundo o representante do Ipea, para que a desoneração parcial na folha de pagamentos concedida às empresas pelo governo federal seja compensada, seriam necessários 11 milhões de novos vínculos empregatícios; e para uma desoneração total, seriam necessários 50 milhões de novos empregos. Alcançar esse número levaria anos, em sua avaliação.
Para ele, um dos problemas do estímulo previdenciário às empresas, via desoneração da folha de pagamentos, é que essa espécie de financiamento não aparece como contribuição do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e sim como aumento do déficit da previdência.
A audiência pode ser acompanhada pela TV Senado na internet.
Mais informações a seguir
04/09/2012
Agência Senado
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