Dilma participa de homenagem a Tiradentes em Ouro Preto



A presidenta Dilma Rousseff participou na última quinta-feira, 21 de abril, de homenagem em Ouro Preto (MG) aos inconfidentes mineiros e Tiradentes, que, segundo ela, “lutaram para construir uma nação mais próspera e justa”. De acordo com a presidenta, o 21 de abril é “uma das datas mais significativas da história das lutas pela emancipação política do Brasil”.

Após ser condecorada com o Grande Colar, grau máximo da Medalha da Inconfidência, a presidenta Dilma relembrou a luta de Tiradentes e dos inconfidentes que sacrificaram a própria vida em prol do sonho da democracia e da liberdade. “Em 21 de abril de 1792, há 219 anos, Joaquim José da Silva Xavier, o nosso Tiradentes, foi executado por ter sonhado com a independência do Brasil. O regime colonial quis punir de maneira exemplar, a audácia dessa luta e desse sonho. Ao prendê-lo, ao executá-lo, quis extinguir para sempre o ideal mineiro e brasileiro de emancipação. Foi inútil. A revolta dos inconfidentes, que eles sufocaram, lançou para sempre a semente de liberdade no coração dos brasileiros”, disse.

Para Dilma Rousseff, o ideal lançado se traduz na tarefa de construção de um Brasil soberano e democrático, a qual todos os brasileiros devem e se dedicam cotidianamente. Entretanto, lembrou a presidenta, tal tarefa ainda não está inteiramente concluída. Ao citar a famosa frase de Tancredo Neves, “enquanto houver neste País um só homem sem trabalho, sem pão, sem teto e sem letras, toda a prosperidade será falsa”, a presidenta frisou que o Brasil não será próspero efetivamente enquanto existir miséria.

Ela lembrou que o Brasil, atualmente, cresce, gera empregos, distribui renda e tira milhões de pessoas da pobreza extrema; milhões de brasileiros e brasileiras que passam a integrar o “contingente dos cidadãos plenos, daqueles que têm acesso desimpedido aos bens de consumo; à saúde, à educação e à cultura”, e que isso se reflete num novo grau de amadurecimento da consciência cívica, em um ambiente de crescente liberdade. Neste caminho, entrelaçam-se o desenvolvimento e a inclusão.

Antes da cerimônia em comemoração ao Dia 21 de Abril, a presidenta participou do sepultamento simbólico, no Panteão do Museu da Inconfidência de Ouro Preto, dos restos mortais de três inconfidentes: Domingos Vidal Barbosa (1761-1793), João Dias da Mota (1744-1793) e José de Resende Costa (1728-1798), e de homenagem às inconfidentes Maria Dorotéia Joaquina de Seixas e Bárbara Eliodora Guilhermina da Silveira.


Grande Colar 

Mais alta comenda concedida pelo governo de Minas Gerais, a Medalha da Inconfidência também foi outorgada a 238 personalidades e instituições que se destacaram por sua contribuição ao estado e ao País. Dentre os agraciados deste ano estão os ministros da Saúde, Alexandre Padilha; da Cultura, Ana de Holanda; da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho; do Planejamento, Miriam Belchior; e da Justiça, Jose Eduardo Cardozo; o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia; e os governadores do Espírito Santo, José Renato Casagrande; e do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini.

A medalha foi criada em 1952, durante o governo de Juscelino Kubitschek, e é entregue sempre no dia 21 de abril, com três designações: Grande Medalha, Medalha de Honra e Medalha da Inconfidência, além do Grande Colar, concedido a chefes de Estado.


Fonte:
Blog do Planalto



25/04/2011 17:03


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