Dilma Rousseff quer equilíbrar relações econômicas entre os países da América Latina



A presidenta Dilma Rousseff, defendeu nesta sexta-feira (20), uma relação econômica equilibrada entre os países da América Latina. Aos novos diplomatas, durante a formatura do Instituto Rio Branco, ela afirmou que o Brasil deve mostrar que é possível um novo modelo de política internacional que não seja imperialista ou de subordinação.     

“Nós temos de mostrar, aqui na América Latina, que é possível uma relação econômica mais equilibrada, de integração de cadeias produtivas, e que os países, diferenciadamente, ganhem, reconhecendo o papel de cada país nesse cenário, sabendo, inclusive, que há diferenças. Sabendo que há relações diferenciadas também desses países com o mundo”, disse a presidenta.     

No discurso, ela acrescentou que as taxas de juros, a taxa de câmbio e os impostos altos são as três amarras que precisam ser equacionadas para que o Brasil acelere o crescimento econômico.     

“Nós somos, hoje, a sexta potência. Mas não é isso que importa. O que importa é que nós sejamos, do ponto de vista do nosso País, do ponto de vista da nossa população, de fato, a sexta economia em matéria de renda per capita e de acesso à educação e aos serviços públicos de qualidade.”

No momento em que a comunidade internacional critica a expropriação da petrolífera espanhola YPF pelo governo argentino e a desvalorização fictícia da moeda chinesa (yuan), a presidenta Dilma Rousseff prometeu, nesta sexta, que o governo protegerá a indústria nacional. Ela disse que “o Brasil fará de tudo” para assegurar os “interesses” do setor. 

“Esse País, que tem o pré-sal, que é uma potência alimentar, não vai deixar sua indústria, que é razoavelmente complexa, ser sucateada por nenhum processo de desvalorização de moedas nem por guerras comerciais, que usam métodos considerados, eu diria assim, não muito éticos”, disse a presidenta, na solenidade em comemoração ao Dia Nacional do Diplomata e de formatura de uma turma de profissionais da carreira. 

O discurso de Dilma ocorre no mesmo dia em que há uma delegação da Argentina no Brasil, chefiada pelo ministro do Planejamento designado interventor na petrolífera, Julio de Vido. Vido. Ele tem reuniões com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e a presidenta da Petrobras, Graça Foster. 

Fonte:
Blog do Planalto



20/04/2012 17:28


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