Dívida Pública recua 3,84% em janeiro na primeira queda desde julho de 2010



O vencimento de títulos prefixados e a cotação do dólar fizeram a Dívida Pública Federal (DPF) cair de R$ 1,694 trilhão em dezembro para R$ 1,628 trilhão no mês passado, segundo o Tesouro Nacional. A queda de 3,84% foi provocada pela concentração de vencimentos de títulos prefixados, que ocorre a cada três meses e movimentou R$ 108,6 bilhões no mês passado. 

O balanço divulgado nesta terça-feira (22) mostra que a dívida interna em títulos (mobiliária) caiu de R$ 1,603 trilhão em dezembro para R$ 1,542 trilhão em janeiro. 

A variação do dólar que subiu 0,43% em janeiro deste ano, causou uma redução de 4% na dívida externa: de R$ 90,1 bilhões em dezembro para R$ 86,49 bilhões em janeiro.

Por meio da dívida pública, o governo pega emprestado recursos dos investidores para honrar compromissos. Em troca, o Tesouro se compromete a devolver os recursos com alguma correção, que pode ser definida com antecedência no caso dos títulos prefixados, ou seguir a taxa Selic, a inflação e o câmbio.

 

Prefixados 

Com a taxa definida com antecedência, os títulos prefixados são preferíveis para o Tesouro Nacional porque dão maior previsibilidade para a administração da dívida pública. Em contrapartida, os papéis vinculados à Selic representam mais risco porque pressionam a dívida pública para cima em épocas de aumentos dos juros básicos. 

O vencimento de títulos prefixados fez a participação desses papéis na dívida interna cair de 37,93% em dezembro para 34,21% em janeiro. A fatia dos títulos vinculados à Selic subiu de 33,36% para 35,79%. A participação dos títulos corrigidos pela inflação passou de 28,14% para 29,77% e a parcela vinculada ao câmbio nas dívida interna caiu de 0,57% para 0,22% por causa da retomada das operações de swap reverso (compra de dólares no mercado futuro) pelo Banco Central. 

O prazo médio da DPF subiu de 3,51 anos em dezembro para 3,69 anos em janeiro. O Tesouro Nacional não divulga o resultado em meses, apenas em anos. Apesar do alongamento do prazo, a participação dos vencimentos nos próximos 12 meses aumentou de 23,89% para 24,10%. Prazos mais longos são favoráveis para o Tesouro porque representam tempo maior para renovar a dívida pública.

 

Tesouro Direto 

As emissões do Programa Tesouro Direto no mês de janeiro atingiram R$ 360,26 milhões, o maior volume financeiro mensal registrado nesta modalidade de aplicação sem intermediários. Os títulos prefixados foram 54,81% do montante vendido. Já a participação dos títulos indexados a índice de preços foi de 35,16%, sendo 20,14% referentes às NTN-B Principal e 15,02% referentes às NTN-B, enquanto os títulos indexados à Selic representaram 10,04%.

Em janeiro, 5.036 novos investidores se cadastraram no Tesouro Direto, elevando o número de inscritos no programa a 219.693 pessoas – um incremento de 23,82% nos últimos 12 meses.

Clique aqui para ler o relatório completo. 

 

Fonte:
Portal Brasil



 

22/02/2011 21:05


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