Dívida pública recua 0,14% em setembro



Em setembro o estoque da Dívida Pública Federal (DPF) manteve-se praticamente estável, passando de R$ 1,991 trilhão em agosto para R$ 1,988 trilhão, informou nesta quinta-feira (24) a Secretaria do Tesouro Nacional. “Em outubro já devemos ver o aumento desse estoque, chegando próximo às bandas do PAF (Plano Anual de Financiamento)”, assinalou o coordenador-geral de operações da Dívida Pública, Fernando Garrido.

O destaque do mês foi a emissão de títulos em ofertas públicas, que somou aproximadamente R$ 52 bilhões, o maior resultado desde o início da série histórica. Garrido credita o resultado satisfatório à mudança do cenário econômico mundial, que conta com menos volatilidade. “Essa demanda muito grande se deveu à estabilização da economia internacional e também à atratividade dos títulos públicos brasileiros”, pontuou.

O coordenador ressaltou que o grande número de emissões demonstra a segurança que o país passa aos investidores e que o resultado é positivo para o governo, “pois as taxas pagas pelos papéis podem ser mais baixas que o habitual”. Para o mês de outubro, o coordenador destacou que a demanda continua alta, porém, o volume total de emissões de oferta pública deve ser inferior a setembro.

Composição da Dívida

O resgate líquido da DPF somou R$ 13,8 bilhões, sendo R$ 13,5 bilhões referentes ao resgate da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) e R$ 0,33 bilhão ao da Dívida Pública Federal externa (DPFe), o que representa aumento da participação da DPMFi de 95,1% para 95,4% e queda da DPFe de 4,8% para 4,6%.

Os títulos com remuneração prefixada continuam sendo os mais demandados, representando 40,3% do total. Em seguida então os indexados a índice de preços, que têm parcela de 35% e, depois, os atrelados à taxa flutuante, que tiveram queda no mês de setembro, passando sua participação de 22,6% para 20%.

Setembro contou com vencimento expressivo de LFTs, predominantemente carregadas por fundos de investimentos. “Por esse motivo, houve uma queda na participação da categoria Instituições Financeiras”, explicou Garrido. Em contra partida, a participação de não residentes subiu de R$ 307 bilhões para R$ 326 bilhões, alcançando outro recorde desde o início da série histórica.

Tesouro Direto

O Programa do Tesouro Direto teve emissão líquida de R$ 143 milhões no mês de setembro, com destaque para os títulos remunerados por índice de preços, que foram os mais demandados pelos investidores, respondendo por 42,48% do montante vendido. O estoque chegou a R$ 10,522 bilhões e o programa continua contando com boa taxa de aumento de investidores, que somam hoje 360 mil.

Veja o Relatório Mensal da Dívida Pública referente a setembro de 2013.


Fonte:

Ministério da Fazenda



25/10/2013 11:13


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