Docentes avaliam redações de detentos de todo o País



Professores integraram banca do Concurso Escrevendo a Liberdade

Por meio do Programa de Alfabetização Solidária (PAS), vinculado à Pró-Reitoria de Extensão Universitária (Proex), a UNESP participa do 1° Concurso de Redação “Escrevendo a Liberdade”. A iniciativa visa motivar a produção textual de internos de estabelecimentos penais para desenvolver habilidades de leitura e escrita.

Ao todo, o concurso, iniciado em abril e encerrado no dia 30 de agosto, recebeu 7.890 redações. Nas duas etapas, seis professores e três estudantes da Universidade compuseram a banca examinadora e avaliaram cerca de 1.480 textos. Para Kátia Regina Roseiro Coutinho, da Faculdade de Ciências e Letras (FCL), câmpus de Assis, o competição literária é uma importante realização. “Os níveis são muito bons. Em algumas redações percebemos que o autor possui o habito de ler”, disse.

O concurso é promovido pela AlfaSol (Alfabetização Solidária), do Ministério da Educação, e pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional) do Ministério da Justiça, em parceria com a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Para Edemilde do Carmo Rodrigues, que administra o PAS, é importante que a Universidade participe em projetos de alcance nacional. “Traz experiência para alunos e professores”, assinala.

A UNESP foi convidada a participar do concurso por intermédio do Centro de Referência em Educação de Jovens e Adultos (Cereja), vinculado ao AlfaSol, tendo em vista a parceria que já dura onze anos. “A primeira triagem contou com a participação de 37 Instituições do Ensino Superior (IES), e a segunda, com mais sete. Ao todo foram avaliados trabalhos enviados por 499 estabelecimentos prisionais de todo país”, informou a coordenadora do Cereja, Margarete Rose Rodrigues.

Sobre o concurso - Para participar, os detentos deveriam elaborar um texto — carta, prosa, poesia, letra de música, texto livre, entre outras formas de expressão —, escrito de próprio punho e com letra legível, de no máximo cinco laudas, o equivalente a 60 linhas de caderno universitário.

Em seguida, os textos foram enviados ao Depen e selecionados pelas bancas examinadoras. Os autores das 30 melhores produções recebem um prêmio no valor de R$ 500, em dinheiro, e um kit de livros. Além disso, os textos serão reunidos em um volume da Coleção Literatura para Todos, do MEC. Os estabelecimentos penais que abrigarem os 30 detentos premiados também receberão kit de livros.

De 10 a 25 de setembro, o público pode participar da escolha da melhor redação, entre as 30 finalistas. O autor da produção que receber mais votos se juntará com outros três vendedores –escolhidos pela Comissão Nacional –, para participar da premiação que será feita pelo Deden e pela AlfaSol. Clique aqui e vote.  

Da Unesp



09/11/2007


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