Dólar baixa um pouco, mas ainda está muito alto: R$ 3966








Dólar baixa um pouco, mas ainda está muito alto: R$ 3966.
Após disparar 11% nos dois últimos dias e chegar a R$ 3,78, a moeda norte-americana fechou ontem em baixa de 3,09%.

Após disparar 11% nos dois últimos dias, o dólar fechou ontem em baixa de 3,09%, a R$ 3,663 para venda e R$ 3,655 para compra. O real também voltou a valer mais do que o peso argentino - cotado a 3,71 unidades por dólar no câmbio livre e 3,65 no oficial - em relação à moeda norte-americana. O risco-Brasil operou em queda de 2,34%, a 2.169 pontos.

Apesar da baixa do dólar, operadores e analistas acreditavam que a moeda pudesse recuar mais. Na sexta-feira, o dólar era vendido a R$ 3,405.

"Se o preço caísse de uma vez, ia ficar muito na cara que terça-feira subiu só pela pressão sobre a Ptax (taxa média compilada durante o dia calculada pelo Banco Central)", disse um operador. "Por isso, agora o dólar deve recuar devagar, um pouco por dia", afirmou.

Também há expectativa de que o volume, escasso ontem, melhore nos próximos dias.


Projeto para novas rotas da BR-116.
Cerca de 100 mil veículos circulam, diariamente, pela BR-116, principal via da Região Metropolitana entre Porto Alegre e Novo Hamburgo. No entanto, deste total, apenas 10% dos usuários da rodovia não são habitantes ou trabalhadores locais, ou seja, somente passam por ela.

Ontem, o secretário estadual dos transportes, Fernando Variani, anunciou que técnicos da Secretaria estão elaborando um projeto para desafogar o tráfego da rodovia. O anteprojeto, que deve estar pronto até fim de novembro, sugere a construção deu duas rodovias de 40 quilômetros cada.


PT admite que queda de
Britto beneficia Rigotto.

Coordenadores de campanha dos candidatos ao governo do
Estado divergem sobre a importância das pesquisas eleitorais.


O coordenador da campanha da Frente Popular e presidente regional do PT, David Stival, admitiu ontem que "a queda do ex-governador Antônio Britto (PPS) nas últimas pesquisas eleitorais não foi canalizada para Tarso Genro, e sim para Rigotto". Ele disse que as pesquisas mostram o crescimento da candidatura da Frente Popular e motiva ainda mais a militância. "Derrubamos ele, mas não conseguimos capitalizar isso", lamentou.

O presidente estadual do PPS e coordenador da campanha de Britto, Nelson Proença, garantiu que "as pesquisas não vão alterar a estratégia de trabalho da coligação O Rio Grande em Primeiro Lugar". Ele considerou como o fato mais marcante das pesquisas, que "a soma dos pontos dos candidatos de oposição é muito superior ao de Tarso". Segundo ele, "isso revela o crescimento da oposição no Estado ao PT".


Ibope: Zambiasi tem 48%.
Pesquisa de intenção de voto produzida pelo instituto Ibope para a RBS apontou os preferidos para o Senado Federal no Rio Grande do Sul. O líder na corrida por uma das duas cadeiras é o presidente da Assembléia Legislativa, o deputado estadual do PTB Sérgio Zambiasi, com 48% dos votos.

Zambiasi é seguido pelos senadores do PPS, José Fogaça, com 28%, e da Frente Popular, Emilia Femandes, com 27%. Fogaça, Emilia e Paulo Paim - também da Frente -, que aparece com 25%, estão em empate técnico, já que a margem de erro é de 2,8 pontos para mais ou para menos.


Editorial

A CURVA DO IMPOSTO

Todo mundo sabe (pelo menos quando está do outro lado do poder) que quanto mais impostos incidem sobre uma sociedade, menor é a arrecadação do tesouro público.

O economista norte-americano, Arthur Lafer, criou até uma curva matemática que comprova essa teoria - confirmada sistematicamente na prática pelos governos brasileiros, em todos os níveis, sejam eles municipais, estaduais ou federal.

Pela fórmula do americano, condenada na Curva de Lafer, a arrecadação é igual a zero quando a alíquota é zero - obviamente - e vai crescendo até certo nível. A partir daí, começa a diminuir, até chegar a zero novamente, aos 100% de tributação.
Lafer baseou seus estudos em um apanhado que fez do seu país. Mas retrata exatamente o que acontece no Brasil. Não querendo desmerecer a análise de Lafer, essa curva se dá por duas razões óbvias. A primeira delas é que a grande incidência de impostos sobre um determinado produto encarece tanto este produto que os consumidores deixam de comprá-lo. A empresa deixa de vender, de faturar, e assim, gerará menos impostos.

A segunda razão óbvia é que, a vontade de sonegar um imposto alto é muito maior do que um impostinho de nada. E não é de pura má-fé não, é que muitas empresas não têm mesmo como pagar, pois estariam colocando em nsco o seu negócio.

Sem falar nas vagas que teria de eliminar para reduzir os custos. Apesar do aumento da fiscalização em cima dos sonegadores, o Brasil ainda apresenta um dos mais elevados níveis de sonegação do mundo. O valor que a União, os Estados e os municípios têm a receber em tributos atrasados poderia ser ainda maior, não fossem as campanhas de anistia que volta e meia são feitas no país.

Não se sabe exatamente qual seria a taxa ideal de tributação - aquela em que o contribuinte, satisfeito, pagaria na sua totalidade e o governo arrecadaria o máximo possível.

Mas uma coisa é certa: o Brasil há tempos já ultrapassou o limite em tributação.

Não em todos os segmentos, mas na maioria deles. É impossível que alguém considere justo um imposto de mais de 40% na área de telecomunicações. Isso leva obviamente ao aumento das tarifas e algumas famílias já abandonaram de vez o uso do telefone. O governo teve uma prova recente de que a Curva de Lafer funciona mesmo. Depois que reduziu, em agosto, o IPI dos carros médios e pequenos, a arrecadação do imposto cresceu 5,7%.

O interessante é que antes de assumirem, todos os políticos concordam com a tal da curva, insistem que quanto maior os tributos, menor a base de arrecadação. Por que será que quando assumem, mais cedo ou mais tarde acabam aumentando uma alíquota que outra?


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09/26/2002


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