Dornelles critica recomendação do governo a Carlos Lupi para que deixe a presidência do PDT



O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) criticou, nesta sexta-feira (30), recomendação feita pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República para que o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, deixe o cargo de presidente do PDT, sob o argumento de que ele não pode acumular as duas funções. A comissão deu prazo de dez dias para que Lupi tome as providências cabíveis e dirima o conflito de interesses. Na avaliação do senador, não há dispositivo legal que impeça o exercício simultâneo dessas duas atividades.

Como exemplo do que defendeu, Dornelles lembrou que ele mesmo, quando presidiu o PP, ocupava o cargo de ministro do Trabalho e Emprego na segunda administração de Fernando Henrique Cardoso. E lembrou ainda que houve outros casos de exercício simultâneo de funções, como ocorreu com Sérgio Motta, então ministro das Comunicações, que foi secretário-geral do PSDB, e com Jorge Bornhausen, Ricardo Fiúza e o atual senador Marco Maciel (DEM-PE), que foram titulares de ministérios enquanto presidiam suas agremiações partidárias.

- Eu não compreendo como é que um órgão do governo, sem qualquer representatividade, quer influenciar na vida política dos partidos, exigindo que o ministro deixe a presidência de um importante partido, por estar ocupando o Ministério do Trabalho (e Emprego) - disse Francisco Dornelles.

CPMF

Em seu pronunciamento, ainda, Francisco Dornelles fez um apelo ao líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), para que não seja esquecida a proposta da redução das alíquotas que, segundo lembrou o senador, está entre os compromissos assumidos pelo governo nos acertos relativos à proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

- No dia em que esse assunto vier a Plenário, que o governo reitere de forma clara e transparente os compromissos que assumiu com o Congresso Nacional e com o Senado - disse o senador.

Homenagens

Francisco Dornelles também comunicou a morte do embaixador Mário Gibson Barbosa, ocorrida na quinta-feira (29), no Rio de Janeiro. O senador destacou, entre os atos importantes do diplomata brasileiro, a negociação com Argentina e Paraguai que permitiu a construção da usina de Itaipu.

O senador homenageou ainda o pastor Marcos Pereira por seu aniversário, lembrando que o religioso desenvolve importante trabalho social no Rio de Janeiro, especialmente na recuperação de usuários de drogas.



30/11/2007

Agência Senado


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